Nos Vemos Lá !!
quarta-feira, 30 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Se o Senhor o escolheu, também o capacitou.
Precisamos ter bem nítida em nossa mente a certeza de que o Senhor nos colocou em posição de destaque e de grande responsabilidade diante de Seu povo. Para isso, basta nos lembrarmos rapidamente de toda a história da salvação e de toda a iniciativa do Senhor para, movidos pelo imenso amor e misericórdia, trazer para Si as pessoas tantas vezes ingratas, desobedientes e infiéis.
Depois de Jesus Cristo e em Jesus Cristo, o Pai confiou a nós o anúncio da Boa Nova. É por esse motivo que nos deu o Seu Espírito Santo e espera uma resposta positiva e eficaz.
Já encontrei irmãos que não se deixavam guiar por Deus em seu ministério por causa de seus pecados e suas imperfeições, às vezes, por uma grande carga de acusação, e outras, por seus traumas e complexos. De nada adianta nossa eleição e a confiança que o Senhor tem em nós se não vencemos esses obstáculos e, com toda a alegria e esperança, nos lançamos em Seu serviço.
Pare um pouco e pense: Deus erra? Em algum momento da história o Senhor cometeu erros? Então, será que sua eleição foi o primeiro "erro" de Deus? Claro que não, meu querido irmão! Você é mais um acerto, um "goool" de Deus. Ele o conhece, deu-lhe dons e talentos e agora lhe dá o privilégio e a graça de colocá-los a serviço de Sua Igreja.
Claro que você tem imperfeições e pecados, mas coragem! Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Seu pecado não é maior do que o poder e a graça de Deus. Se Ele o escolheu, também o capacitou.
Do livro: "Ministrando a Música" - de Luiz Carvalho - Fundador da Comunidade Recado
O que é o Mistério ?
O que é o mistério?
Segredo? Enigna? Explicação? Carisma?
Segredo? Enigna? Explicação? Carisma?
Tudo aquilo que a inteligência humana é incapaz de explicar ou compreender. Coisa ou elemento o culto, obscuro ou desconcertante.
O homem é ontologicamente um mistério, tem sua raíz no mistério, dele se nutre e n’Ele se encerra.
Por mais que busque desvendá-lo, sempre fica algo por descobrir!
O mistério pode nos levar a inquietações, a dúvidas salutares que, no entanto, não nos deixam perder o rumo. Porém, é preciso que o homem nunca esqueça que “Deus é um mistério” e muito mais, que “Deus se encontra no centro e não às margens da vida do homem”. Portanto a sabedoria está em viver cada dia e aprender com ele, a fonte da paz consiste em deixar as coisas serem.
“O que conhecemos de Deus são as pegadas de sua ausência.” São João da Cruz.
O mistério que nos envolve nos cala!
Já nos dizia Edith Stein, “mesmo o caminho da fé é um caminho obscuro”, para seguir a Deus, o homem precisa deixar de lado suas certezas e permitir envolver-se no Deus que é misterioso, e que paulatinamente vai se revelando ao homem.
“É próprio do amor se revelar, se dar a conhecer, mas também, como parte da mesmo movimento, deseja conhecer.”
“O Reino dos Céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.
O Reino dos Céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.
O Reino dos Céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes.
Compreendestes tudo isto? Sim, Senhor, responderam eles.
Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos Céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas.” (Mt 13,44-52).
Cristo é o mistério que fascina! Foi ele que fascinou o negociante a vender tudo e comprar a pérola que tinha maior valor, é ele que impulsiona o homem a largar tudo e seguí-lo sem temer as conseqüências.. o mistério do chamado...o mistério do amor de Deus, que é capaz de loucuras! Só uma fortíssima e libertadora experiência de Deus explica essa desinstalação formidável.
Deus está sempre no centro. Quando todos os revestimentos caem, aparece Deus. Quando os amigos desaparecem, os confidentes atraiçoam, o prestígio social é ferido a machadadas, a saúde vai embora, então aparece Deus.
Quando todas as esperanças sucumbem, Deus levanta o braço da esperança. Quando todos os andaimes arriam, Deus transforma-se em suporte e segurança...
Quando todas as seguranças falham, quando todos os apoios humanos estão por terra e voaram os enfeites e roupas, a pessoa, nua e livre, encontra-se quase sem querer nas mãos de Deus...eis o sentido em viver o mistério:
Está livre, abandonado em Deus!!!!!!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Nossa Senhora Desatadora dos Nós.
Nossa Senhora Desatadora dos Nós é apenas um entre os 2.000 títulos de Maria. Ela nasceu na Alemanha, em 1700, como Maria Knotenlöserin (do alemão knot, “nó”, e löser, “desatar”). Na época, o presbítero da capela de St. Peter Am Perlach, na cidade de Augsburg, encomendou ao pintor Johann Schmittdner um quadro de Nossa Senhora. Para compor o painel foi buscar inspiração nos dizeres de Santo Irineu, Bispo de Lyon, no Século III: “Eva atou o nó da desgraça para o gênero humano; Maria por sua obediência o desatou”.
Maria é representada como a Imaculada Conceição e encontra-se entre o céu e a terra. O Espírito Santo derrama sua luzes sobre a Virgem. Em sua cabeça vemos 12 estrelas. Um dos anjos entrega-lhe uma faixa com nós grandes e pequenos, separados e juntos. Estes nós simbolizam o pecado original e nossos pecados cotidianos, que impedem de a graça frutificar em nossas vidas. Na parte inferior do quadro vemos que a faixa cai livremente e que um nó está desatado. Há um anjo, um homem e um cachorro que dirigem-se à uma igreja. Parece ser uma referência ao livro de Tobias (6,13) onde este empreende uma longa e penosa viagem quando conhece Sara que já casara sete vezes e que na noite de núpcias seus maridos morriam devido a um demônio que dela se enamorara. Tobias casa-se com ela e volta à casa de seu pai. Isto significa que há de se desatar primeiro os nós para que dois corações venham se encontrar.
Assim, Nossa Senhora Desatadora dos Nós é invocada como aquela que nos ajuda a tirar todos os males de aflições que nos escravizam e nos tornam infelizes e pessimistas, dando-nos a verdadeira liberdade que só seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo pode nos dar.
A pintura não demorou a se tornar objeto de culto dentro dos limites de Augsburg e depois se espalhando pelo mundo.
Uma cópia desta pintura é venerada em Buenos Aires, Argentina, para onde foi levada pelo bispo Dom Bergoglio. Maria é representada como a Imaculada Conceição.
* Devoção da N. Sra. Desatadora dos Nós: Invocada em casos de desespero e necessidades (saúde, emprego, Reconciliação conjugal, dívidas, ETC).
Desde 2005, na Igreja de São Vicente Mártir, no bairro Camaquã, zona sul de Porto Alegre, teve início a NOVENA PERPÉTUA DE NOSSA SENHORA DESATADORA DOS NÓS todas as quartas-feiras às 06:30, 15:30 e 19:00. Agora também às 09:30.
Evangelizar no Poder de Deus
PODER
Somos chamados a evangelizar com o poder de Deus! O poder do Amor de Deus, que cura os enfermos, que levanta o caído, que faz desaparecer para sempre a tristeza e a depressão. Poder que cura a desesperança, poder que liberta do maligno, poder que faz o coxo andar, o cego ver, o prisioneiro ser libertado. Poder na pregação, poder nas palavras de sabedoria, de discernimento, de profecia, de entendimento, de ciência. Poder para testemunhar Jesus Ressuscitado, Vivo no meio de nós, resposta para as angústias, incertezas, ansiedades e medos do homem do terceiro milênio. Sim! Somos chamados a evangelizar com o poder de Deus e é exatamente este poder que tem convencido multidões de que Jesus está vivo e cumpre as suas promessas de dar testemunho à nossa pregação e ressuscitar mortos, curar enfermos, libertar endemoniados, livrar os seus anunciadores dos perigos que acompanham o anúncio (MC 16,17).
Porém, a manifestação máxima do poder de Deus, aquela que revela sua perfeição absoluta – a perfeição do amor – aquela que tem o poder de converter os corações mais empedernidos é a sua misericórdia! Este poder máximo do Criador, expressa-se em sua ...
Sabedoria
...que consiste em amar e amar sempre, amar em toda circunstância, amar apesar de tudo, amar apesar do erro do outro, amar até mesmo por causa do erro do outro. Consiste em perdoar e perdoar sempre, acolher e acolher sempre a todos e a cada um, a qualquer um, mas muito especialmente ao mais necessitado. Consiste em amar o inimigo, o desagradável, o que nos prejudicou, de forma mais profunda, cuidadosa e amável que a todos os que nos agradam. Consiste em manter os olhos em Deus em meio ao sofrimento, em aceitar humildemente nada compreender quando a dor nos abraça, em recomeçar, com humildade e esperança o que, em nossa visão limitada tínhamos dado por encerrado. Consiste em partilhar sempre, partilhar tudo, mesmo quando se tem pouco, mesmo quando não se tem nada. Consiste em socorrer o necessitado, em dar sem esperar receber, em dar sempre mais do que é pedido. Em visitar, escutar, ser presença para o doente, o velho, o necessitado, o solitário.
Sabedoria que consiste em obedecer humildemente o que ensina o Evangelho, em viver humilde e filialmente o que orienta a Igreja, em acatar com humilde gratidão e confiança o que parece ultrapassar a nossa lógica. Sabedoria que consiste em enfrentar o que em nós se levanta contra o conhecimento de Deus, em vencer o que em nós se levanta contra a caridade, em derrotar o que em nosso interior insiste em nos roubar a liberdade que Cristo nos conquistou. Sabedoria que não depende de conhecimentos intelectuais, que não depende de capacidades intelectivas, mas de abandono, abandono e confiança no Espírito de Deus. Sabedoria que é misericórdia, sabedoria que é caridade, sabedoria que é confiança: a sabedoria...
De Deus
... do Deus Uno e Trino que nos ama com este tipo de amor, este tipo de poder, este tipo de sabedoria. Sabedoria da Trindade, acima da sabedoria dos grupos e culturas humanos. Do Amor Trinitário, acima do amor humano, ao qual inspira e mantém. Do Altíssimo, acima das baixezas de nossa visão. Do Santíssimo, muito acima de nossas pobres perfeições morais. Do Boníssimo, muito acima de nossos pequenos atos de bondade. Do Salvador, muito acima dos seus dons e sinais visíveis de salvação. Do Criador, muito acima de nossa pobre criatividade. Do Redentor, muito acima de nossas ações sociais. Do Pai, muito acima do nosso amor familiar, que o dele inspira. Do Filho, que diviniza nossa humanidade. Do Espírito, que santifica a cada um, a todos e a tudo. Do Deus Homem que tudo recoloca sob a ordem do amor quando se estende, Homem e Deus, sobre a cruz. Da Cruz, símbolo e resumo, profundeza e amplidão, resposta e questionamento da Sabedoria de Deus. Pois a este Cristo, a este Crucificado, o Pai, no gesto cume de sua sabedoria, o fez..
Deus Homem ressuscitado
... para nos ensinar o quanto seus pensamentos distam dos nossos e o quanto seu poder e sabedoria chamam-se, como ele, o ilógico, inesperado, indescritível, insondável AMOR.
A quem testemunhamos
“Nós anunciamos Cristo Crucificado, que para os judeus é escândalo, para os gentios é loucura, mas para nós, que somos chamados, é Cristo, poder de Deus, sabedoria de Deus. Mas, a este Cristo, Deus o ressuscitou e disso nós somos testemunhas.”
Sim, somos não somente anunciadores, mas testemunhas de um amor que nosso pobre amor reflete, mas que é, eternamente, muitíssimo acima do nosso. Somos testemunhas do amor que vive!
Seguindo para o Sagrado Coração de Jesus
“Vinde a mim...” É esse o chamado de Jesus para cada um de nós, e em especial neste mês de Junho, o Mês do Coração de Jesus. É desejo desse Coração Divino que nos acheguemos a Ele em todas as circunstâncias, no alívio ou na aflição. No alívio Ele participa conosco e na aflição Ele é o remédio.
Somos convidados a mergulharmos na imensidade de sua misericórdia, desse Coração sempre aberto para nos acolher.
Precisamos como Maria na passagem no Evangelho de Lucas 10, 38-42, escolher a melhor parte, ficar aos pés do Senhor. Ficando aos pés do Senhor O conhecemos melhor, O entendemos melhor e nos tornamos mais íntimos, amigos e conhecemos o seu Coração.
É assim que precisamos seguir, seguir na intimidade com o Coração de Jesus, seguir com o Coração de Jesus.
♫Quero entrar no aconchego do Coração de Deus, repousar seguro, mergulhar no mar de Misericórdia que encontro em Deus... Quero estar, ficar bem protegido dos meus inimigos no Coração de Deus...♫ (letra e música: Luiz Carvalho)
Seguindo para esse Coração Divino, podemos ter a certeza de que Ele não é indiferente a nossas dores. Ele sente o nosso penar e também se alegra conosco. O convite de Jesus no evangelho é claro: “Vinde a mim vós todos que estás aflitos e eu vos aliviarei...”, por isso no acheguemos a Ele.
Convido você a esse mês do Sagrado Coração de Jesus mergulhar nessa espiritualidade tão simples e tão profunda. No Coração de Jesus você tem um lugar que é só seu, e que mais ninguém pode ocupar porque tem o seu tamanho. Tome posse desse amor, dessa riqueza que também lhe pertence.
Seguindo com o Coração de Jesus confie.
“Coração Divino de Jesus, providenciai.”
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Corpus Christi
A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como “Corpus Christi”, começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade belga de Liège, tendo sido alargada à Igreja universal pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.
Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo Papa João XXII, respectivamente. Nos primeiros séculos, a Eucaristia era adorada publicamente, mas só durante o tempo da missa e da comunhão. A conservação da hóstia consagrada fora prevista, originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes.
Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração. No século XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração. No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se fora da missa e aumenta a afluência popular à procissão do Santíssimo Sacramento. A procissão do Corpo e Sangue de Cristo é, neste contexto, a última da série, mas com o passar dos anos tornou-se a mais importante.
Do desejo primitivo de “ver a hóstia” passou-se para uma festa da realeza de Cristo, na “Chirstianitas” medieval, em que a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens.
A “comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa” (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo. Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tendo desaparecido a festa litúrgica do “Preciosíssimo Sangue”, a 1 de Julho.
A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que “onde, a juízo do Bispo diocesano, for possível, para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo” (cân 944, §1).
Detalhando o início da Solenidade
Primeiras devoções
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines perto de Liège, Bélgica em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que teve da Igreja que significaria a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácono de Lieja, mais tarde ao Papa Urbano IV.
As primeiras festas locais
O bispo Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, em 1246 ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte, ao mesmo tempo o Papa ordenou, que um monge de nome João escrevesse o ofício para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofício.
Dom Roberto não viveu para ser a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte a quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costume e a o estendeu por toda a atual Alemanha.
Milagres motivadores
O Papa Urbano IV, naquela época, tinha a corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto desta localidade está Bolsena, onde em 1263 ou 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real, no momento de partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue do qual foi se empapando em seguida o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conservam os corporais - onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa - em Orvieto, e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
A Proclamação da Solenidade
O Santo Padre movido pelo prodígio, e a petição de vários bispos, faz com que se estenda a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e outorgando muitas indulgências a todos que asistirem a Santa Missa e o ofício.
Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou um ofício a São Boaventura e a Santo Tomás de Aquino; quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boa-ventura foi rasgando o seu em pedaços.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concílio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recompilação de leis - por João XXII - e assim a festa é estendida a toda a Igreja.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adotaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida da Bélgica entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros países a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da Santíssima Trindade.
Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sírios, armênios, coptos, melquitas e os rutínios da Galícia, Calábria e Sicília.
Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Nisto os cristãos expressam sua gratidão e memória por tão inefável e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo
Fonte: Com. Shalom
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