segunda-feira, 31 de maio de 2010

A Trindade em nós

O Relacionamento Trinitário transborda para as criaturas. Da mesma forma que as três Pessoas da Santíssima Trindade vivem um relacionamento íntimo, um diálogo de amor entre si, elas desejam viver esse diálogo com cada um de nós. O Filho que se inclina para o Pai e "permanece" um no outro (Jo 1,18). O Filho e o Espírito Santo que juntos se voltam para o Pai; Ambos enviados para uma missão, pelo Pai. Sua ação é tão unida que quase se confunde um com o outro (Rm 8,2.9-10). Tanto Jesus quanto o Espírito Santo vivem e agem em nós. Esta união dos dois se abre para a fonte comum, para o Pai (Rm 8,11; Jo 14,26). O Pai e o Espírito Santo estão unidos no amor a Cristo. A vinda de Jesus ao mundo é obra do Pai e do Espírito Santo (Lc 1,35). São os dois que orientam a caminhada de Jesus. É o Filho de Deus porque se deixa conduzir pelo Espírito Santo (Rm 8,14).

A Trindade totalmente feliz e perfeita em si mesma, não fecha dentro de si sua vida, seu bem, sua felicidade, mas quer compartilhar seus bens próprios com as suas criaturas. A Trindade deseja iniciar um diálogo com o homem. Não apenas a divindade única, mas cada uma das três Pessoas deseja ter uma relação especial com ele, levando-o a encontrar e firmar sua identidade. Deus chama à existência inúmeros seres para comunicar-lhes a bondade e a felicidade em diferentes graus e modos. Não por necessitar das criaturas, por que elas nada podem acrescentar à Sua glória e felicidade (Eclo 42 21). Não por haver nelas algum bem ou amabilidade, mas para fazê-las participantes de Seu bem. Por mais que Deus se doe às inúmeras criaturas, jamais Se esgotará, e tudo que Ele toca se transforma em bem.

Nós e o Pai
Temos uma relação especial com o Pai. Somos considerados por Ele, Seus filhos. É Cristo que nos leva a Ele: "Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14,6). É vivendo e amando no Cristo que vivemos e amamos no Pai (Jo 16,27; Jo 14,21). Em Cristo, o Pai deseja ter essa vida de união com cada um dos seus filhos. Deseja participar e interferir na história de cada um de nós. A vida de cada homem tem muito valor para o Pai e Ele deseja cuidar dela, para isso necessita viver conosco um relacionamento íntimo e concretiza isto fazendo morada no nosso coração(Jo 14,23). Morar um no outro é a intimidade da convivência. Deus deseja conviver conosco, partilhar vidas. E este nosso relacionamento com o Pai é participado com o Filho e o Espírito Santo. Cada pequeno detalhe de nossas vidas não passa despercebido diante Dele, porque Ele nos ama.

Nós e o Filho
Jesus assim roga ao Pai: "Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade, e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim" (Jo 17,22s). A profunda e misteriosa união entre as três Pessoas divinas, Jesus quer vê-la prolongada em nossos corações. Nós somos para Jesus seus "irmãos" (Lc 12,4; Jo 15,15). Ele é o nosso eterno intercessor diante do Pai. Nós somos tão importantes para Ele, no Pai, que Ele deu Sua vida por cada um de nós, e destruiu o muro de inimizade entre nós e os Três. Ele nos revela o Pai e o Espírito (Jo 15,9s). São Paulo chegou a viver esta intimidade total e radical da Trindade e com a Trindade, através de Cristo: "Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim"(Gal 2,19s). O Pai e o Espírito Santo se alegram e nos impulsionam a intensificar nossa relação íntima com Cristo, pois assim intensificam nossa relação íntima com Eles.

Nós e o Espírito Santo
E como não poderia deixar de ser, nós temos também uma relação especial com o Espírito Santo. A relação do Filho com o Pai, quem nos introduz nela é o Espírito Santo: "O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse" (Jo 14,26). O Espírito Santo nos fará "conhecer", isto é, vivenciar o mistério divino. Nós somos templos do Espírito Santo e por habitar dentro de nós, por viver conosco na intimidade, nós podemos conhecê-lo e Ele pode nos ensinar profundamente (Rm 8,16). É necessário que como Jesus, nos deixemos conduzir pelo Espírito Santo para nos tornarmos filhos de Deus (Rm 8,14-16) e podermos ter essa relação íntima, filial, porque o Espírito Santo foi derramado nos nossos corações (Gal 4,6). É Ele quem nos santifica, quem nos ensina a rezar, a falar com o Pai, pelo Filho. É Ele quem socorre a nossa fraqueza e ao dialogarmos com Ele, o nosso diálogo está aberto e transparente para o Pai e o Filho.

Na Trindade encontramos nossa identidade
Esta vida de união com cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade é a nossa realização mais profunda: "a gloriosa liberdade dos filhos de Deus"(Rm 8,21). A morada da Santíssima Trindade em nossos corações, a "permanência" com a Santíssima Trindade tem o objetivo de nos santificar e nos transformar sempre mais na imagem do Filho de Deus (Rm 8,29). Este relacionamento íntimo entre cada Pessoa da Trindade e o homem o levará a viver "pela Trindade", isto é, viver pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito, transformando-o cada vez mais semelhante ao Filho, que serve e ama o Pai no Espírito Santo. Precisamos crescer cada vez mais nesta vida de união com eles. É isto que Deus nos chama a viver.

Tome Col 3,1-3: Nossa identidade, nossa origem e nosso fim último é Deus. Numa imagem bem simples: nós só conhecemos nosso rosto quando temos um espelho. Caso não tenhamos, nunca de fato saberemos como e quem nós somos e viveremos às custas daquilo que dizem de nós ou de como os outros nos vêem. Da mesma forma nossa verdadeira identidade, imagem e rosto só podem ser vistos se temos Deus como espelho, pois Ele é o nosso criador e só Ele pode dar a vida, como já no-la deu. É na oração, na busca desse Tu que encontraremos o verdadeiro EU e teremos curadas as deformações que temos da nossa própria imagem. No seu amor Deus nos convida e chama a participarmos da mesma dinâmica que Ele tem dentro de si mesmo. Se o Pai só se reconhece como Pai no Filho, da mesma forma eu só serei verdadeiramente filho(a) de Deus, só serei pessoa íntegra, inteira e livre quando participar da vida trinitária desde agora neste mundo. Nós fomos feitos à imagem e semelhança de Deus e isso significa que nós temos com Ele a mesma relação de origem, ou seja, o amor. Cada um é único, especial e insubstituível, como nos asseguram as Escrituras (cf. Is, 43,1-5), e cada um é fruto dessa infinita e abundante criação que nunca se esgota e nunca se repete (eis aqui um argumento lógico, real e irrefutável contra a mentira da reencarnação).

A oração nos dá o verdadeiro sentido da individualidade e da autonomia que cada ser humano tem diante de Deus e diante de si mesmo. Olhando para o Pai, para Jesus e para o Espírito Santo como pessoas reais e vivas, veremos que nós também estamos nos tornando reais, pois a realidade não é Cristo?(cf. Col 2,17), no sentido pleno da palavra e portanto vivas. A oração voltada para a realidade da Trindade nos ensinará também a nos relacionarmos uns com os outros pois sendo Deus comunidade de amor, nos levará também a sê-lo. A oração verdadeira diante do Senhor nos arrancará das garras do nosso egocentrismo capaz de nos levar à morte, e nos assegurará o papel que temos a cumprir no Reino, dentro da soberana e perfeita vontade do Pai, sendo servos e transparentes uns com os outros.

Formação da Escola de Formação Shalom

Bento XVI nos fala sobre "Elogiar a Deus com a arte"

MADRI, Mai/10(ACI).- Em breve se publicará o livro sobre música que escreveu o Papa Bento XVI intitulado "Elogiar a Deus com a arte" no qual o Santo Padre "derrama sua paixão pela música e reflete sobre arte, liturgia e teologia", além de dar uma aproximação crítica a obras de grandes compositores como Schubert, Beethoven e Mozart. Conforme informa o jornal La Razón da Espanha, o livro -cuja edição em português ainda não tem data- contém uma introdução de Riccardo Muti, atual diretor do Teatro da Ópera de Roma. No texto o Santo Padre "fala de teologia, do Concílio Vaticano II, de arte e de liturgia" e considera que "a beleza das criações artísticas é uma estupenda maneira de chegar a Deus". "Há uma profunda relação entre a música e a esperança, entre o canto e a vida eterna: não em vão a tradição cristã mostra os espíritos beatos enquanto cantam em coro, tomados e extasiados da beleza de Deus. A arte autêntica, como a oração, não nos afasta da realidade de cada dia, mas sim devolve a ela para ‘regá-la’ e fazê-la germinar para que dê frutos de bem e de paz", afirma a nota que o jornal espanhol escreve a partir da informação do diário La Stampa, da Itália. No livro o Papa Bento XVI "agradece aos músicos que tocam para ele nas audiências e atos oficiais" e expressa sua paixão por seu compositor favorito, Mozart, assinalando que "deixa-me acima de tudo uma sensação de gratidão por haver-nos dado tudo isso e pelo fato de que tudo isso tenha sido dado a ele". O Santo Padre faz uma crítica da perspectiva teológica e cristã sobre grandes compositores musicais como Beethoven e o autor austríaco Schubert, dizendo sobre este último que quando inserida um texto poético em sua música produz uma "trama melódica que penetra a alma com doçura, levando a quem o escuta a sentir a mesma chamada à verdade do coração que vai mais adiante do raciocínio sentido pelo músico". Em novembro do ano passado se lançou o disco "Alma Mater", no qual o Papa Bento XVI fala e canta em cinco idiomas cantos gregorianos e marianos conhecidos. Nesse mesmo mês, sustentou um encontro com 260 artistas na Capela Sixtina no qual recordou a seus compositores a "responsabilidade de comunicar a beleza à sociedade" e sua missão de ser "anunciadores de esperança para a humanidade" através da música.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Evangelizar

De onde começar?
Quais as oportunidades que temos para evangelizar?
Quantas oportunidades Deus nos deu para evangelizar por meio da música, mas as deixamos passar, porque ainda esperamos aquela... Sabe aquela oportunidade?

Muitas vezes, nos acostumamos com as grandes coisas: missões, grupos lotados, muita gente aclamando e cantado a partir da nossa condução [musical].

Não podemos nunca nos esquecer de que Deus, muitas vezes, nos dá oportunidades aparentemente bem pequenas, mas, nelas, podem estar guardadas grandes graças para nós ou para quem escuta aquilo que estamos tocando e/ou cantando.
O inimigo de Deus coloca em nossos corações a tentação de nos animarmos muito com os grandes eventos e situações nas quais temos um som de grande potência, uma boa banda e um grande número de participantes, etc. Sim, devemos nos animar, mas devemos também, diante dessas oportunidades e dentro de nós, canalizar essa animação para a glória de Deus, agradecendo a Ele pela confiança e oportunidade.

Infelizmente, caímos no sutil erro da empolgação e acabamos por viver toda essa alegria sozinhos, esquecendo-nos da batalha que existe por trás de tudo isso e ficamos vulneráveis à ação do inimigo; na mais grave das situações, barramos totalmente a graça, a cura e o milagre para aquele povo que nos escuta, ou para nós mesmos.
Seja qual for a oportunidade que temos de exercer o nosso ministério, é um chamado que Deus nos faz. É um povo que espera, é uma batalha a ser travada e, já posso dizer, um inimigo a ser vencido ou até mesmo um meio do Senhor trabalhar nos nossos corações. Mas por trás de qualquer lugar aonde iremos tocar ou cantar, a nossa vida deve ser a primeira oportunidade de cantarmos. Por isso, devemos cantar com a vida e, para isso, precisamos ser, primeiramente, homens e mulheres de oração. Músicos ou musicistas, precisamos ser coerentes com o que cantamos e, aí sim, conseguiremos cantar a vida.

Resumindo: simplicidade, oração e coerência. Se conseguirmos viver essas três palavras, com certeza, a última delas será abundante em nós: a unção.
Volto à pergunta inicial: "De onde começar?". Começo da oportunidade que Deus me dá, com muita sabedoria e discernimento. Muitas vezes, ela é gradativa, outras vezes, é um grande susto para nós, além das nossas capacidades; outras vezes, as oportunidades desaparecem. Para cada um, Deus tem uma pedagogia, pois para Ele somos únicos.

Deixo outra pergunta: "Qual a pedagogia de Deus para você? Por que Ele escolheu você como ministro de música da Sua Igreja?
Deus abençoe você e o seu ministério!
André Florêncio
Ministro de música e missionário da Canção Nova

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O que é a Festa de Pentecostes?

Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.

A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).

No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.

Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.

Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos". O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão.

Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.

O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

Vinde, Espirito Santo

Poucas vezes atentamos para o fato de que o Espírito Santo de Deus é uma Pessoa, viva, real, uma Pessoa Divina que nos ama e que está ao nosso lado a cada momento, sempre. Quando suplicamos: "Vinde, Espírito Santo", não estamos pedindo simplesmente: "Vinde, ó força de Deus", mas estamos suplicando: "Ó vem, Espírito Santo de Deus, vem sobre mim, porque és Deus, és o puro amor e eu preciso de ti, como pobre criatura que sou!".

Precisamos continuamente suplicar a Luz de Deus: "Envia do céu um raio de tua Luz, arranca-me das trevas, as trevas que são o pecado, que é o olhar tanto para mim e tão pouco para ti e para meus irmãos. Faz-me ver a tua luz neles, naqueles que na tua divina providência puseste ao meu lado. Que eu possa contemplar a tua beleza, a tua pureza, a tua santidade naqueles que são criados à tua imagem e semelhança".

É tão fácil contemplar os defeitos! Mas para os puros, tudo é puro; e os santos, os que são cheios da Luz do Espírito de Deus, conseguem ver as coisas, o mundo, as pessoas, com os olhos de amor e misericórdia que só pertencem a Deus. Ele é o Pai dos pobres, por isso podemos suplicar: "Vinde a mim, que sou pobre". Pobre de virtudes, pobre de méritos. Eu preciso de ti, Senhor, preciso de teus dons, de tua força, preciso estar continuamente na tua presença. Sei que estás continuamente em mim, mas eu nem sempre me apercebo disso, nem sempre deixo-me guiar por tuas moções e inspirações". Temos tanto medo de não ser felizes que acabamos por desprezar aquele Único que nos pode trazer a felicidade.

Quem somos nós para recusar os dons de Deus? Como ousar dizer que não necessitamos dos dons divinos ou, pior, trocá-los pelos dons dos homens? Como preferir a sabedoria deste mundo à Sabedoria que vem do Espírito Santo? Seria incoerência querer galgar os cumes da sabedoria deste mundo sem buscar a ciência de Deus acima de tudo. Lembro-me agora do que disse Jesus: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, por teres ocultado isto aos sábios e inteligentes e por tê-lo revelado aos pequeninos" (Lc 10,21). Como temer a Deus se não nos preenchemos de seu Amor? Sem o Amor de Deus nos nossos corações, a nossa fidelidade é legalismo e o nosso zelo é orgulho. "Sim, Senhor, sem os teus dons, nada sou, e ainda sou um nada soberbo!".

"Espírito Santo, tu és meu consolo". Há tantas tristezas nesta vida... Tantas dores e tribulações... Mas não há dor maior que aquela dor escondida dos que não amam a Deus. O Espírito Santo é o nosso consolo, é aquele que nos diz: "Não temas, o Pai te ama"! "Sim, Senhor, e tu não estás distante. Não és uma força estranha, alheia, fora de mim. Não, tu moras em mim. És o doce Hóspede da alma. Estais tão perto, não preciso buscar longe, esforçar-me para te encontrar". Saber que Deus está tão perto de nós, que habita em nós, é o grande consolo de nossa alma vacilante, insegura.

O Espírito Santo é o nosso "descanso no trabalho". Como diz o salmista: "É inútil levantar de madrugada ou até à noite retardar nosso repouso quando aos seus amados Deus concede o pão enquanto dormem" (Sl 127,2). Sim, é inútil ganharmos o mundo com nossas próprias forças se viermos a perder Deus, é inútil a aflição se podemos a Ele tudo confiar e esperar. O Espírito é nossa brisa leve.

"Por isso, eu vos peço, Senhor, com todas as forças do meu ser: incendiai o meu coração com a chama do teu amor. Sim, incendiai! Que meu coração arda de amor".

"Sem a tua Luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele. Então, enche-me de ti! Lava-me, purifica-me, rega a minha alma para que eu possa dar os verdadeiros frutos de santidade que só brotam do coração que ama. Cura-me, Senhor, não permitas que minhas feridas e mazelas me prendam em mim mesmo e longe de ti".

Quantas vezes também declaramos que temos o coração muito duro, mas só o Espírito pode transformar essa realidade, só Ele arranca do nosso peito o coração de pedra e nos dá um coração novo, um coração de carne. Renovemos a nossa fé. Muitas vezes pedimos algo a Deus sem esperar de fato receber aquilo que pedimos. Ele é Deus, Deus nos ama e é capaz de nos fazer santos. A santidade não é um alvo impossível, precisamos crer nisso verdadeiramente. Não é por nossas forças, é pelo poder de Deus e a nós cabe apenas desejar, abrir o nosso coração para a ação do Espírito Santo, ser dóceis ao Amor. Por fim, oremos junto com a Santa Igreja:

Espírito de Deus,
enviai dos céus
um raio de luz!

Vinde, Pai dos pobres,
dai aos corações
vossos sete dons.

Consolo que acalma,
hóspede da alma,
doce alívio, vinde!

No labor descanso,
na aflição remanso,
no calor aragem.

Enchei, luz bendita,
chama que crepita,
o íntimo de nós!

Sem a luz que acode
nada o homem pode,
nenhum bem há nele

Dobrai o que é duro
guiai no escuro
o frio aquecei

Dai em prêmio ao forte
uma santa morte,
alegria eterna.
Amém.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Segunda Feira, 17 de maio de 2010


O Senhor está conosco todos os dias, mas quanto tempo nós estamos com Ele?
Deus sente saudade de nós e aguarda ansiosamente o nosso retorno para vivermos numa profunda comunhão com Ele em todos os momentos da nossa vida. Hoje é o dia de voltarmos à presença do Altíssimo, onde quer que estejamos.
O próprio Senhor nos chama: “Vinde a mim vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28).
A maior graça para a nossa vida é viver com Jesus. Quando estamos com Ele tudo é bom e nada nos parece difícil, por mais desencontrado que esteja tudo à nossa volta. Estar com Jesus é um paraíso. Se Ele está conosco nenhum inimigo poderá nos prejudicar ou abater.
Vamos adorar a Deus hoje? Na sua paróquia ou na igreja mais perto o Senhor está esperando por você. Mas se você não tem como fazer isso, não se esqueça de que Jesus está em seu coração: adore-O em espírito e em verdade.
Jesus, ensina-nos a adorar-Te.
Jesus, eu confio em Vós

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Salmo 46. Domingo 16/05. Sugestão CN.

Missão CLJ Sagrada Família


Olá irmão!
Segue o vídeo mostrando um trecho da animação realizada no CLJ da paróquia Sagrada Família.
Já avisando que em nosso orkut, já constam as fotos que mostram a benção que foi esta tarde para estes jovens do CLJ e principalmente para nós do ministério Luz das Nações, onde tivemos mais uma oportunidade, mais uma graça de estar servindo com imensa alegria ao nosso Senhor Jesus Cristo, louvando e adorando o Pão Vivo que veio até nós!

Acesse já!! Há um link no blog para acessar diretamente o endereço de nosso orkut!

Fica com Deus meu irmão!
Um bom final de semana!


SEJA LUZ!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Oração dos Artistas

Senhor! Tu que és o maior dos artistas, fonte das mais belas inspirações, abençoa o meu talento e as minhas obras.
Maravilhoso é o dom que me deste na louvada missão de servir-te com alegria, e de exercer o meu trabalho com amor e dedicação. Por isso, venho agradecer-te por permaneceres sempre comigo.
Mesmo incompreendido ou diante de desafios, quero sustentar em minha vocação a energia de vencer e realizar meus projetos no imenso cenário da vida.
Dá-me equilíbrio entre a razão e a emoção, humildade e sabedoria para me aperfeiçoar. Inspira-me, ó Mestre, à criação do novo e do belo.
Protege, também, todos os artistas em suas carreiras e gêneros.
Faze com que minhas obras contribuam para a construção do teu Reino, ensina-me a seguir teus desígnios, pelos caminhos gloriosos da arte.

Amém. 

Musica na Liturgia

"Não somos somente “a banda da Missa”, somos ministros!"


Falar de música litúrgica não é uma tarefa muito fácil, pois não se pode separar a música, que é um elemento, do seu todo que é, a liturgia. O que quero dizer é que a Igreja nos convida, não somente como músicos a entender mais sobre o papel da música dentro da liturgia, mas como cristãos que somos, antes de qualquer coisa, a mergulharmos na riqueza que é esta mesma liturgia, nestes séculos de história onde tudo tem um porque de ser, onde cada gesto, cada cor, cada som é repleto de significados.

Quando não buscamos nos aprofundar nestes conhecimentos, cometemos erros por ignorarmos que a liturgia é sublime demais para a entendermos superficialmente ou simplesmente fazermos o que achamos ser o melhor.
Para que a música seja litúrgica e cumpra seu verdadeiro papel, existem critérios a serem observados não como um peso, mas com zelo, com humildade e por amor.

Deve ter letra de fontes bíblicas ou litúrgicas, com ritmo e melodia inspirados e belos sem deixar de ser acessível ao povo; deve ser comunitário (“nós” no lugar do “eu”) já que estamos reunidos como um corpo; deve estar intimamente ligado ao tempo litúrgico; à festa do dia ou sacramentos (primeira comunhão, crisma, casamento) se for o caso; obedecer à espiritualidade própria de cada momento da celebração. Estes são alguns critérios e precisam ser aprofundados.

Mais do que nunca precisamos ser cristãos católicos interessados por nossa fé, carismáticos que leiam e estudem sobre a doutrina católica e sua belíssima liturgia. Temos inúmeras fontes como: o site da CNBB, que nos oferece matérias e cursos de formação litúrgica e indica tantos livros e documentos, entre eles, muitos específicos sobre música litúrgica; programas em tvs católicas voltados para a formação litúrgica; nossos retiros para ministros de artes, que na sua maioria tem abordado este tema.

A organização das equipes litúrgicas também é essencial, bem como, nossa interação dentro desta equipe, pois quando servirmos numa celebração litúrgica, não somos somente “a banda da Missa”, somos ministros, fazemos parte da equipe que serve na liturgia, a serviço do povo, sem esquecermos que mesmo estando a serviço somos parte deste mesmo povo e com ele celebramos também o mistério da Eucaristia.

Como cristãos, nos é necessário testemunhar nossa busca de radicalidade e santidade através do esforço pessoal de adquirirmos estes conhecimentos com urgência de fazer da melhor forma a nossa parte na construção de uma Igreja melhor que poderá assim caminhar mais rápido atraindo outros para o Pai.

Raquel Carpejani - Consagrada da Comunidade de Vida Recado