segunda-feira, 10 de maio de 2010

Musica na Liturgia

"Não somos somente “a banda da Missa”, somos ministros!"


Falar de música litúrgica não é uma tarefa muito fácil, pois não se pode separar a música, que é um elemento, do seu todo que é, a liturgia. O que quero dizer é que a Igreja nos convida, não somente como músicos a entender mais sobre o papel da música dentro da liturgia, mas como cristãos que somos, antes de qualquer coisa, a mergulharmos na riqueza que é esta mesma liturgia, nestes séculos de história onde tudo tem um porque de ser, onde cada gesto, cada cor, cada som é repleto de significados.

Quando não buscamos nos aprofundar nestes conhecimentos, cometemos erros por ignorarmos que a liturgia é sublime demais para a entendermos superficialmente ou simplesmente fazermos o que achamos ser o melhor.
Para que a música seja litúrgica e cumpra seu verdadeiro papel, existem critérios a serem observados não como um peso, mas com zelo, com humildade e por amor.

Deve ter letra de fontes bíblicas ou litúrgicas, com ritmo e melodia inspirados e belos sem deixar de ser acessível ao povo; deve ser comunitário (“nós” no lugar do “eu”) já que estamos reunidos como um corpo; deve estar intimamente ligado ao tempo litúrgico; à festa do dia ou sacramentos (primeira comunhão, crisma, casamento) se for o caso; obedecer à espiritualidade própria de cada momento da celebração. Estes são alguns critérios e precisam ser aprofundados.

Mais do que nunca precisamos ser cristãos católicos interessados por nossa fé, carismáticos que leiam e estudem sobre a doutrina católica e sua belíssima liturgia. Temos inúmeras fontes como: o site da CNBB, que nos oferece matérias e cursos de formação litúrgica e indica tantos livros e documentos, entre eles, muitos específicos sobre música litúrgica; programas em tvs católicas voltados para a formação litúrgica; nossos retiros para ministros de artes, que na sua maioria tem abordado este tema.

A organização das equipes litúrgicas também é essencial, bem como, nossa interação dentro desta equipe, pois quando servirmos numa celebração litúrgica, não somos somente “a banda da Missa”, somos ministros, fazemos parte da equipe que serve na liturgia, a serviço do povo, sem esquecermos que mesmo estando a serviço somos parte deste mesmo povo e com ele celebramos também o mistério da Eucaristia.

Como cristãos, nos é necessário testemunhar nossa busca de radicalidade e santidade através do esforço pessoal de adquirirmos estes conhecimentos com urgência de fazer da melhor forma a nossa parte na construção de uma Igreja melhor que poderá assim caminhar mais rápido atraindo outros para o Pai.

Raquel Carpejani - Consagrada da Comunidade de Vida Recado

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