segunda-feira, 19 de abril de 2010

Artista da semana. DUNGA !!

Biografia
Francisco José dos Santos, o Dunga, nasceu em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, aos 02/03/1964. Filho de Francisco dos Santos e Maria Benedita de Lima Santos, trabalhou como metalúrgico e também mecânico de uma grande empresa da região.
Ingressou na Comunidade Canção Nova, da qual hoje é consagrado. Ele e sua esposa Benedita Edinéia Peixoto dos Santos (Néia) são casados há 20 anos e têm três filhos: Felipe (18 anos), Priscila (15 anos) e Ana Carolina (12 anos). A busca pela vivência cristã aconteceu como uma maneira de abandonar o vício das drogas, que o acompanhou durante toda a sua adolescência. [[ Missionário]] da Comunidade Católica Canção Nova há 15 anos, Dunga cumpre a missão de evangelizar por meio da música. Hoje, é considerado um dos ícones da Canção Nova enquanto Sistema de Comunicação. Participa de acampamentos de oração, encontros religiosos, congressos e peregrinações por todo o mundo e apresenta programas na TVCN.

Missão
Dotado de uma personalidade moderna e irreverente, Dunga é o representante da evangelização jovem na Canção Nova e, da sede de santidade e vontade de fugir do pecado vista na juventude, idealizou a marca PHN (Por Hoje Não vou mais pecar), bandeira que vem arrastando multidões de jovens que, convictos da verdade estampada nesta ideologia, acompanham seus shows pelo Brasil e por países que já receberam o músico, como: Alemanha, Japão, Inglaterra, Itália, França, Portugal, Paraguai, Canadá, Estados Unidos, Turquia, Grécia e Austrália. "Para mim, o PHN é uma experiência de Santidade vivida no cotidiano. O ontem já foi e o amanhã será melhor. A cada dia o seu cuidado, como diz Jesus, deixemos as preocupações para amanhã. Nós temos que viver o dia a dia, porque foi o dia a dia que fez os grandes santos", define Dunga. "A minha afinidade com os jovens se dá justamente, quando olho para um deles, que me narra um pecado ou uma falha ou uma queda e me recordo da minha própria juventude. É como se eu me visse chegando na igreja pela primeira vez, drogado e prostituído, e saindo de lá batizado no Espírito Santo!”

Carreira
Ao longo destes anos de missão, Dunga foi se reafirmando no ministério de Música. Hoje, têm gravados 8 CDs: "Pense Bem", "Deus Existe", "Restauração", "Água Humilde", "Dunga 10 Anos (ao vivo)", "Foi Assim" e o remix "Dunga na Pista", além do lançamento "Dunga 15 Anos (ao vivo)". Gravou também um DVD, com imagens inéditas de grandes festivais, shows, galeria de fotos, clips, entrevistas com legendas e narração em inglês, espanhol e português, e seu ultimo lançamento 'Transfiguração'. O missionário também fala aos jovens através de três obras escritas, publicadas pela Editora Canção Nova: "Semente de Uma Nova Geração", "Jovem, o Caminho se Faz Caminhando" e "Sexualidade a Cura da Nossa Afetividade".

PHN
O PHN surgiu da experiência adquirida por Dunga nas visitas a presídios, Febem, asas de apoio ao portador de vírus HIV, além de sua própria história de vida. A idéia ganhou força quando Dunga ouviu uma palestra em que padre Jonas Abib, fundador da comunidade Canção Nova, falava aos jovens. Desta marca, surgiu ainda o Programa 'PHN', que vai ao todas as terças-feiras, às 22h00, pela TV Canção Nova.








A Eucaristia é o sinal do amor

Ressuscitei, e por meio da Eucaristia, Eu estou convosco para sempre !!!

Por meio da celebração da Santa Missa, todo dia é Páscoa, tempo feliz da Festa eterna que supera qualquer tempo humano.Caminhando com a liturgia da Igreja e vivenciando uma plena sintonia com as diversas Dioceses e Arquidioceses do nosso país nesses poucos dias que nos separam da realização do XVI Congresso Eucarístico Nacional, nesse jubiloso clima da Páscoa, nós professamos com entusiasmo que é importante viver bem o encontro com Jesus na oração, na escuta de Sua Palavra e em cada celebração eucarística. (Texto-base do XVI CEN, página 38). Repletos de alegria pascal, unidos a Jesus Eucarístico na Sua consagração ao Pai, nós não cessamos de corresponder ao amor de nosso Redentor e de buscar uma maior vivência da graça santificante.
De um modo especial, nestes dias da Páscoa, em que o Cristo caminha ao nosso lado, nós desejamos com renovado ardor permanecer com Ele e haurir por meio d’Ele da fonte da água viva que sacia a nossa sede de justiça. Há poucos dias, ao participarmos da solene Vigília Pascal, por sermos uma comunidade eucarística, sentimos no fundo da nossa alma eucarística que, quando estamos unidos ao Cristo, as trevas tornam-se luz e a noite é suprimida pelo dia sem ocaso. No nosso íntimo, o Ressuscitado sussurrou: Ressuscitei, e por meio da Eucaristia, Eu estou convosco para sempre!.
Com gratidão e enlevo, dialogamos com o nosso Redentor e afirmamos que a reta participação no Sacramento da Eucaristia infunde em nosso ser um renovado e indelével sentido de piedade, de zelo e de valorização das coisas do alto. De joelhos diante do Altar do Senhor, em comovida e silenciosa adoração, nós também concretizamos o nosso ardente desejo de estar com Ele, pois cremos e professamos que o Sublime Sacramento não é uma simples memória de um rito passado, mas é, sim, a viva atualização do supremo gesto do nosso Salvador. Iluminados pelo esplendor de Jesus Eucarístico, envolvidos pela luz do Cristo ressuscitado, nós bradamos que a Santa Eucaristia é Jesus Cristo, passado, presente e futuro, é o supremo desenvolvimento da Encarnação e da vida mortal do Salvador, que aí nos concede todas as graças. É o mistério régio da nossa fé, para o qual convergem todas as verdades católicas, como os rios se lançam no oceano que os alimenta. (São Pedro Julião Eymard, Flores da Eucaristia, página 40).
Por meio da celebração da Santa Missa, todo dia é Páscoa, tempo feliz da Festa eterna que supera qualquer tempo humano, pois a presença salvífica de Cristo no Sublime Sacramento torna-se atual e viva em todos os lugares e tempos. Nutridos pelo Alimento das nossas almas, com revigoradas forças, nós notamos que a Eucaristia é o sinal perene do amor da Santíssima Trindade por todos nós, amor que sustenta os nossos passos na concretização da plena comunhão com o Pai, mediante o Filho, no Espírito Santo. Amor que perpassa o nosso coração e nos faz ultrapassar a rigidez dos nossos horários que são limitados por diversos afazeres, pois quando meditamos no mistério da Última Ceia, sentimo-nos participantes do imenso rio de amor que nasce do coração de Deus. Mergulhados neste rio de bondade e de misericórdia, em união com os irmãos, sem pressas ou correrias, aprendemos a clamar: O meu coração abrasava-se dentro de mim, a minha meditação ateava-se como fogo. (Sl 39).
O clima de vida, de ressurreição e de paz que provém desta atmosfera pascal faz-nos sentir que a Eucaristia é a contínua presença salvífica de Jesus vivo e ressuscitado em nosso meio e, por isso, em todos os domingos, celebramos a Páscoa semanal. Começamos a semana recebendo o Cristo Eucarístico, para que Ele ilumine o nosso caminho e dê vitalidade à nossa via de santidade. Quando damos passos mais significativos nesta via de santidade, nós temos acesso à revelação de que, na pessoa de Jesus Cristo, no seu morrer e ressuscitar, nós podemos contemplar a presença misericordiosa de Deus junto a nós e, consequentemente, o próprio mistério do Deus-vivo.
Neste tempo litúrgico da Páscoa, tal qual Cléofas e o seu companheiro, nós temos que suplicar ao Senhor que permaneça conosco, aquecendo nossos corações e revigorando nossas esperanças; temos que vivenciar a Eucaristia como um banquete divino, um memorial de presentificação, e temos ainda que elevar aos céus, sempre de forma mais apaixonada e intensa, nossa participação no Corpo dado e no Sangue derramado, com a consciência de que estamos realizando a mais perfeita oração de nossas vidas. Em um profundo clima de oração eucarística, deixemo-nos iluminar pela fulgurante e incessante luz destes solenes dias da Páscoa. Coloquemo-nos a caminho, pelos modernos caminhos de Emaús, para que o Cristo Eucarístico, com a sua vitória sobre a morte, as trevas e o mal, triunfe, esplendorosamente, em nosso meio, em nossas almas, nas nossas comunidades, nas nossas famílias e em todo o mundo.

Dep. Formação
Comunidade Recado

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A última tábua da salvação

Parece o fim, mas não o é! O fato é que Jesus Cristo, mesmo após ter a vida entregue à morte na cruz, não obstante Seus inúmeros feitos como o Filho de Deus que era; após caminhar sobre as águas, ressuscitar mortos, renascer após três dias, subir aos céus e assim dar início à maior e mais profunda revolução na história da humanidade... Após ter o Corpo exposto à vergonha e chagas, ter o peito aberto, a fronte coroada de espinhos, sendo submetido à humilhação e ao desprezo... Este homem, ainda assim, considerou Seus feitos – por fraqueza nossa – ineficazes. Motivo pelo qual apareceu para a Irmã Faustina Kowalska, na Polônia, em 1931.

Nessa oportunidade, Jesus pediu que fosse celebrada a Festa da Misericórdia. Em seu diário, na página 49 Irmã Faustina registra esse pedido para que Sua “imagem seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia”. Disse que o perdão total das faltas e dos castigos será concedido àquele que nesse dia se aproximar da Fonte da Vida. “Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate.”

Assim, ao escolher o primeiro domingo depois da Páscoa, o Senhor desejou indicar a estreita união entre o mistério pascal da Redenção e o mistério da Misericórdia de Deus. “As almas se perdem apesar da Minha amarga paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Misericórdia. Se não venerarem a Minha Misericórdia, perecerão por toda a eternidade.”

A Festa da Misericórdia destina-se aos pecadores, considerados por Jesus os mais dignos de Suas graças. Sua mensagem tem pressa, pois evoca a brevidade do tempo e a teimosia de quem não quer ou pouco consegue enxergar que a humanidade inteira afunda num mar de desencontros e mal. Suas palavras são repletas de esperança e salvação, concedendo uma intensa luz a quem já se sente cego por causa de seus próprios erros e desorientação. É a imagem de Jesus ressuscitado que traz aos homens a paz pela remissão dos pecados!

Assim é Jesus Misericordioso!

Suas vestes são brancas, Seu peito está aberto, de onde brotam sangue e água, para a salvação de todos sem distinção. Seus olhos são os mesmos expostos em Seu rosto na exata hora da crucificação; Suas chagas são a mais perfeita identificação com os menores de Seu Reino e são plenas indicações de que o caminho é mesmo feito em meio a dores, perda de sangue e entrega.

Suas mãos abençoam! São bênçãos para todos, sob a condição de que saibam escolher que o tempo é agora!
As graças? São colhidas com o vaso da confiança!

Em poucas palavras, o tempo chegou! É tempo de Misericórdia!
Ricardo Sá

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A Misericórdia na vida missionária

“Ide e aprendei o que significam estas palavras:
Eu quero a Misericórdia e não o sacrifício.
Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”.
(Mateus 9, 13)

O chamado de Deus para vida de um cristão missionário pode sim ter suas renúncias, suas dores, suas cruzes, mas não devemos nunca nos esquecer e enriquecer a vida do que mais experimentamos de Deus em nossa caminhada... A Misericórdia!
Toda a história do povo de Deus foi banhada dessa graça única e fiel, mesmo diante da fragilidade de um povo que muitas vezes procurava deuses visíveis para se sentirem seguros e confirmados em seu chamado de seguir até a terra prometida.
Vejo que toda essa caminhada do povo do antigo testamento, (40 anos no deserto) foi um preparo para escrevermos a nossa história, o nosso tempo que manifesta um Deus Paciente, cheio de Bondade e Justiça, que se deixa conquistar com nossa miséria humana, derramando sobre nós sua Misericórdia Infinita!

Muitas vezes caminhamos na incerteza de: “que utilidade nós, pecadores, temos para Deus que é Riquíssimo de tudo, de Qualidades, de Dons, de Poder?”. Não entendendo que Ele nos escolhe para realmente manifestar a Sua Glória, Sua Majestade e Poder; para também experimentarmos a Graça da Salvação vinda em Jesus Cristo, do seu Coração Manso e Humilde!
Por meio de Sua Misericórdia, Ele nos ensina e pede que sejamos misericordiosos também com nossos irmãos, pois somos reflexo do seu Amor e Beleza, Bondade e Fidelidade ao Pai que nos chamou à vida.
Vemos cada vez mais por aí no mundo pessoas impacientes, irritadas, solitárias, tristes, agressivas, depressivas e percebemos que o que falta é um diálogo aberto, cheio de caridade, de acolhimento, de Misericórdia! Um “quebrar as pernas”, na linguagem mais popular, quando um vem grosseiro e o outro retribui com mansidão e caridade.

A palavra diz: “Aprendei de mim que sou Manso e Humilde de Coração e achareis repouso para as vossas almas...” (Mateus 11, 29)
Aprendei do Mestre e sua vida se enriquecerá de bênçãos, de graças, de repouso na luta diária; no cansaço do trabalho físico, espiritual, humano, psíquico, familiar...
Quando Deus precisa ser justo, sua justiça é com Amor e é, bem aí, que nós, missionários, somos mais constrangidos e felizes; um amor que não condena e destrói, mas um Amor que quanto mais pensamos que o ofendemos, mas Ele vem e diz: Eu te Amo! És precioso para mim!
Sentimo-nos constrangidos por esse Amor que nos supera e até fere, porque na nossa justiça humana nos condenaria “à morte” por O termos ofendido com nossos pecados, ofendido tanto a Deus como os que mais amamos!

Misericórdia é no pé da letra CONSTRANGIMENTO!

Eu teria milhares de testemunhos sobre a Misericórdia de Deus em minha vida, mas acho que vale a penas ressaltar um pequeno detalhe.
Quando uma vez me senti a pior pecadora do mundo, por muitas vezes não conseguir ser melhor como consagrada, como pessoa, como filha de Deus e irmã dos homens, me vi diante da Eucaristia que caia aos meus pés no meio de uma celebração. Quando Jesus caiu diante de mim na Eucaristia achei que Ele me condenava por eu ir comungar da forma que eu estava, mas a palavra de sabedoria dada a outro irmão de comunidade, que nem sabia o que eu vivia naquele momento, foi que era para eu ter comungado aquela Hóstia que havia caído, pois Jesus foi até aonde eu estava (no chão) para se erguer comigo.

Nunca tenhamos dúvidas dessa verdade que só os corajosos vivem:
A Misericórdia de Deus é uma obra constrangedora de Amor na vida dos seus filhos, servos e missionários!

Regina Andrade
Com. Recado

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Papel do músico na igreja

O próprio tema já dá este diferencial dentro do que seria o papel do músico na igreja, pois há uma grande diferença entre o ser músico e o ser músico na igreja. Primeiramente existe um dom dado gratuitamente por Deus àqueles que esse mesmo cumula desses dons musicais, seja o tocar, o cantar, o ministrar o louvor. Aí está outro ponto. O músico na igreja é chamado a ser, antes de tudo um minstro do louvor, que glorifica a Deus com seu instrumento. Vive esse processo intenso de formação e maturidade no servir que é estar sempre disponível para o que a igreja necessita.

Em um intenso trabalho também de formação e exercício da humildade, especialmente para os que têm o dom natural da música, é necessário entender que tudo é graça, é dom de Deus.
O ministro de música depende da graça divina, da graça do Alto. Pois é através do Espírito Santo que seu tocar, seu cantar, ministrar, terá acesso aos corações mais endurecidos.

A música por si só, tem o poder de tocar os corações, adentrar em áreas de nosso ser. Uma melodia bem executada, acordes bem trabalhados, podem transformar corações, como também a música expressada de forma, depressiva, bruta, pode levar a pessoa que escuta a vários âmbitos de sua vida e história.Dai, a grande importância e diferencial de um autêntico ministro de música é está constantemente em sintonia com o Espírito Santo, na unção, à serviço, aberto a graça. Assim se faz extremamente necessário um “esvaziamento de si”, onde a graça de Deus age e opera. Toda inspiração para aquele que é chamado a ser esse ministro de música, vem do Alto.

O músico que descobre a graça de ser um instrumento direto de Deus na igreja, descobre a realização do servir Aquele que o chamou em Sua infinita misericórdia, descobre o testemunhar a força do evangelho em forma de canção.O verdadeiro músico crer que o Espírito é aquele que age no seu dom de anunciar o evangelho através de uma melodia, de uma música. Que age não só por talento próprio, mas pela graça tão somente do Espírito Santo inspirador direto e único capaz de transformar, curar e libertar os corações.

A música é uma linguagem universal que todos captam. Vale ressaltar a importância da capacidade do músico que se coloca a serviço da igreja em todo o mundo, em todas as realidades, desde a riqueza da música tradicional aos tempos de hoje, onde o próprio mundo exige uma música, bem tocada, ungida, unida ao Espírito Santo.

Canta-se, toca-se e interpreta-se em nome de uma pessoa e essa pessoa se chama Jesus Cristo vivo e ressuscitado que está no meio de nós. Por isso, devemos exercer o ministério de música a nós confiado com muita seriedade e responsabilidade pois quando nos colocamos à serviço do Reino não sou eu mais quem canto ou toco, mas é Cristo quem canta ou toca em mim. Paulo dizia em uma de suas cartas: “ Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”. O músico que exerce esse ministério vive essa mesma experiência unido Aquele que o criou para glorificar o seu Nome através de seus dons musicais.

O músico na igreja, é aquele que busca viver a cada dia uma profunda intimidade com as escrituras divinas de onde saem o canto mais belo de Deus. O poder da Palavra transformado em música é uma chave que abre os corações mais endurecidos. Por isso, Deus dá também a capacidade de novas composições retiradas da Palavra, seja ela do Antigo ou do Novo testamento onde “o Verbo de se fez carne e habitou entre nós”. Daí se anuncia através da música Aquele que deu sua vida por cada um de nós, que se entregou na cruz por amor a humanidade.

“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu salvador, porque olhou para sua pobre serva.”(Lc.1,46-47)

Não poderia deixar de citar um grande exemplo de perfeito louvor a Deus, Maria. Ela ao cantar o Magnificat, verdadeiramente glorificou a Deus. O ministro de música é aquele que canta seu Magnificat em sua própria vida, que proclama as maravilhas de Deus na Igreja e no mundo. É aquele que diz também como Maria, ,“ Eis-me aqui Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra”. Faça-se no meu dom de cantar, de tocar, de interpretar, de pintar, de compor música ou poesia... segundo Tua palavra, tua vontade. Faz-me testemunho do Teu evangelho em todos os momentos de minha vida.
Assim “a música se converte verdadeiramente em oração, abandono em Deus, com um sentido profundo de paz.”

Eis o papel do músico na igreja: Estar sempre na postura do “eis-me aqui”, segundo a necessidade da igreja, que precisa do nosso “sim” colocando nossos dons à serviço. Com humildade, busquemos o aperfeiçoamento técnico mas, sobretudo também o aperfeiçoamento espiritual para combatermos contra todo o mal que quer destruir os filhos amados de Deus.

É uma grande missão, mas se temos a Deus nada pode nos abalar.
Coragem músicos, pois somos chamados a macharmos a frente do pelotão com a graça de Deus, com Jesus e guiados pela força do Espírito Santo que tudo pode.

Juliana Mendes
Membro Comunidade de Vida-Missão Toulon FR

O Tempo Pascal

Páscoa é passagem para uma situação melhor, da morte para vida, do pecado para graça, da escravidão para liberdade, baseado não em nossas forças, mas na fé em Jesus Cristo. Páscoa se dá não só no rito da Liturgia; deve acontecer em cada instante da vida do homem em busca da terra prometida, da vida nova da felicidade. O Tempo Pascal acontece do Domingo da Ressurreição até o Domingo de Pentecostes, por isso, cinquenta dias na presença do Ressuscitado nos preparando para receber o Espírito Santo prometido.

Nas leituras bíblicas, sobretudo nos Evangelhos do Tempo Pascal, percebemos que Jesus se dá a conhecer, que Ele ressuscita lá onde existe acolhimento, lá onde se presta serviço ao próximo. Podemos dizer que Cristo ressuscita lá onde se vive o novo mandamento do amor, da caridade. Primeiramente Jesus se dá a conhecer às mulheres que vão ao sepulcro para ungir com aromas o Seu Corpo. Jesus se dá a conhecer a Madalena, que vai em busca do Seu Corpo. O Senhor se manifesta a Pedro e a João que vão ao sepulcro. Jesus aparece à comunidade reunida no cenáculo. Tomé, que não está presente, não usufrui da presença do Senhor; tornando-se presente, no entanto, também O reconhece.

O Evangelho mais significativo nesta linha é certamente o Evangelho dos discípulos de Emaús (Cf. Lc 24, 13-35), aos quais Cristo se dá a conhecer pela Sua Palavra e pela fração do pão (Eucaristia). Os quais, a Seu exemplo, acolhem os irmãos na caridade e compartilham com eles sua vida, constituem o Cristo ressuscitado entre os homens. Cristo ressuscita os que andam à procura; Cristo ressuscita os que vivem os acontecimentos à luz da Escritura; Cristo ressuscita nos que acolhem e nos que servem; Cristo ressuscita nos que sabem partir o pão. À medida que existir entre os homens a atitude hospitaleira, isto é, de serviço, a exemplo dos discípulos de Emaús, Cristo vai ressuscitando através da história dos homens.

É preciso, pois, a exemplo de Cristo, partir o pão e servir, ou seja, colocar-se a serviço do próximo, tornando-se pão e alimento para a vida do mundo. Eis o sentido atual do milagre da multiplicação dos pães.

Cristo está ressuscitando em sua vida?
Quando os discípulos O reconhecem na fração do pão, Ele desaparece. Não é mais necessidade de Cristo permanecer entre os homens de maneira corpórea, pois Ele continua presente de maneira sacramental nos Seus discípulos, na Sua Igreja, naqueles que vivem o serviço do amor, pois o novo mandamento tudo renova, faz reviver todas as coisas.

“Ide dirá Ele, vós sereis minhas testemunhas até os confins da terra”. Vós sereis meus continuadores no meio dos homens. Isso vem expresso no que segue: “Levantaram na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Eles, por sua vez, contaram o que havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão” (Cf. Lc 24, 33-35).

Pela caridade os cristãos se apresentam no mundo como chagas do Cristo ressuscitado, no qual o homem, a exemplo de Tomé, poderá perceber e apalpar o amor de Cristo e n'Ele crer; e, acreditando, tenha a vida eterna. Cada cristão é convidado para se tornar presença do Cristo ressuscitado entre os irmãos, de tal sorte que os homens reconheçam Sua face na caridade do irmão.
Soltemos o nosso grito: ALELUIA! Pois Cristo ressuscitou e nos deu vida nova. Este é um canto litúrgico muito antigo, que se reza em todas as grandes solenidades de nossa fé, cantemos os louvores do Senhor:

Oração: Ó Deus, que fazeis crescer a vossa Igreja dando-lhe sempre novos filhos e filhas, concedei que por toda a sua vida estes vossos servos e servas sejam fiéis ao sacramento do batismo que receberam professando a fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Minha bênção fraterna
Padre Luizinho