terça-feira, 30 de março de 2010
Semana Santa
Estamos vivendo a Semana Santa, vamos meditar esta espiritualidade. Sabemos que a Semana Santa é um tempo de retiro, no qual nós recorremos ao silêncio, experimentamos Deus através da escuta da Palavra e do mergulho nas celebrações e na profundidade desse mistério. É um tempo de renovação, assim podemos experimentar o Senhor profundamente e ter a nossa vida transformada.
Que o Senhor possa conduzir você nesta grande semana. Você que exerce um ministério na Igreja, na sua paróquia, na comunidade, que você seja o primeiro a experimentar isso, você que vai cantar este mistério [pascal], que vai conduzir as celebrações e ajudar na pregação. Que o seu coração esteja aberto para receber este grande mistério desta grande semana que marca nossa caminhada cristã.
Que Deus o abençoe e lhe conceda frutos de graça e frutos de ressurreição na sua vida."
Bendita seja a Cruz
A Paixão de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é para nós penhor de glória e exemplo de paciência.
Haverá alguma coisa que não possam esperar da graça divina os corações dos fiéis, pelos quais o Filho Unigênito de Deus, eterno como o Pai, não apenas quis nascer como homem entre os homens, mas quis também morrer pelas mãos dos homens que tinha criado?
Grandes coisas o Senhor nos promete no futuro! Mas o que ele já fez por nós e agora celebramos é ainda muito maior. Onde estávamos ou quem éramos, quando Cristo morreu por nós pecadores? Quem pode duvidar que ele dará a vida aos seus fiéis, quando já lhes deu até a sua morte? Por que a fraqueza humana ainda hesita em acreditar que um dia os homens viverão em Deus?
Muito mais incrível é o que aconteceu: Deus morreu pelos homens.
Quem é Cristo senão aquele que no princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus: e a Palavra era Deus? (Jo 1,1). Essa Palavra de Deus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). Se não tivesse tomado da nossa natureza a carne mortal, Cristo não teria possibilidade de morrer por nós. Mas deste modo o imortal pôde morrer e dar sua vida aos mortais. Fez-se participante de nossa morte para nos tornar participantes da sua vida. De fato, assim como os homens, pela sua natureza, não tinham possibilidade alguma de alcançar a vida, também ele, pela sua natureza, não tinha possibilidade alguma de sofrer a morte.
Por isso entrou, de modo admirável, em comunhão conosco: de nós assumiu a mortalidade, o que possibilitou morrer; e dele recebemos a vida.
Portanto, de modo algum devemos envergonhar-nos da morte de nosso Deus e Senhor; pelo contrário, nela devemos confiar e gloriar-nos acima de tudo. Pois tomando sobre si a morte que nós encontro, garantiu total fidelidade dar-nos a vida que não podíamos obter por nós mesmos.
Se ele tanto nos amou, a ponto de, sem pecado, sofrer por nós pecadores, como não dará o que merecemos por justiça, fruto da sua justificação? Como não dará a recompensa aos justos, ele que é fiel em suas promessas e, sem pecado, suportou o castigo dos pecadores?
Reconheçamos corajosamente, irmãos, e proclamemos bem alto que Cristo foi crucificado por amor de nós; digamos não com temor, mas com alegria, não com vergonha, mas com santo orgulho.
O Apóstolo Paulo compreendeu bem esse mistério e o proclamou como um título de glória. Ele, que teria muitas coisas grandiosas e divinas para recordar a respeito de Cristo, não disse que se gloriava dessas grandezas admiráveis - por exemplo, que sendo Cristo Deus como o Pai, criou o mundo; e, sendo homem como nós, manifestou o seu domínio sobre ao mundo - mas afirmou: Quanto a mim, que eu me glorie somente na cruz do Senhor nosso, Jesus Cristo (Gl 6,14).
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
quinta-feira, 25 de março de 2010
A Amizade
Vall Senna
sexta-feira, 19 de março de 2010
Passos para a conversão
terça-feira, 16 de março de 2010
Artista da semana. Ministério Eterna Aliança
segunda-feira, 15 de março de 2010
Como conciliar Quaresma e Campanha da Fraternidade?
sexta-feira, 12 de março de 2010
A música católica não é feita para fazer sucesso
quarta-feira, 10 de março de 2010
Economia e Vida
segunda-feira, 8 de março de 2010
Carnaval 2010 na Canção Nova
Amados leitores do nosso blog!
Em breves palavras gostaria de transmitir um pouco daquilo que vivi neste carnaval de 2010. Com a graça de Deus, eu e nosso tecladista Renan, acompanhados de nossas amadas namoradas, tivemos a oportunidade de passar aproximadamente cinco dias em Cachoeira Paulista (SP) no acampamento de carnaval da Canção Nova. Foi uma grande benção para mim. Como todos sabem, a conversão não é algo que se dá em um dia, mas um processo que dura a vida inteira. Entretanto, há dias muito marcantes nessa caminhada. Sem sombra de dúvida, o acampamento de carnaval está entre os dias mais significantes da minha conversão. Lá eu pude reavivar em mim a maior verdade da minha vida: Deus me ama! De tão óbvio isso já não me tocava tanto. Mas é a notícia mais sensacional que alguém pode receber, meu irmão! Deus te ama! E isso foi muito visível lá e continua sendo até hoje. Ele nos convidou a viver momentos de alegria verdadeira. Não a alegria do mundo, que acaba na quarta feira de cinzas. Não aquela alegria da bebida, da droga, do sexo ilícito. A alegria do Senhor. “e essa alegria ninguém tirará de vós!” (Jo 16, 22). Já dizia o grande músico Davi: “na tua presença há plenitude de alegria...”(Sl 16,11).
Nesta quaresma que já começou, irmão, Deus quer te convidar a viver 40 dias de conversão que culminarão no domingo mais alegre de todos. Até quando vamos cultivar nossos pecados de “estimação”? Até quando cometeremos os mesmos erros? “Diga por hoje não” àquilo que te afasta de Deus, que te impede de sentir a verdadeira alegria. Abra-se a esse Deus que te ama incondicionalmente e um novo homem nascerá!.
Luiz Gustavo
Integrante do CLJ e Ministério Luz das Nações.
sexta-feira, 5 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2010
Tempo de transfigurar-se ...
segunda-feira, 1 de março de 2010
Quaresma, tempo de relacionamento
A preparação para uma celebração importante, num período mais longo, como Advento e Quaresma, ou numa Vigília, como a de Natal e Páscoa, tem uma significação especial na Liturgia. Assim, na preparação para a Páscoa, durante quarenta dias, a quaresma toca consciências e corações, movendo as pessoas na direção de Deus, do mundo e do próximo, mediante a oração, o jejum e a esmola; “essas três práticas atingem de modo profundo os três principais relacionamentos do homem: com Deus, pela oração, com a natureza criada, pelo jejum e com o próximo, pela esmola.” Na verdade, essas práticas sempre estiveram presentes na vida religiosa do povo, porém, muitas vezes, perderam sua razão de ser, por sua formalidade e exterioridade. Em diversas passagens do Antigo Testamento, os profetas dizem que Deus abomina esse tipo de prática exterior que não exprime um relacionamento sincero com Ele. Jesus, na Nova Aliança, exalta o valor da oração, do jejum e da esmola, mas também mostra a sua nulidade, quando, ao praticá-las, as pessoas buscam a sua autoexaltação. (cf Mt 6, 1-17) A Igreja, fiel ao ensinamento de Jesus, continua ensinando o sentido da oração, do jejum e da esmola na vida dos cristãos.
Pela oração, se estabelece o relacionamento entre criador e criatura; dessa maneira, o homem, saindo de si mesmo, mantém-se em comunhão com Deus; em oração, ele se vê numa relação de maior proximidade de Deus que, não obstante a sua natureza transcendental, se deixa encontrar. (cf Is 55,6) A quaresma favorece a vivência da oração das pessoas, em momentos silenciosos do seu dia, ou quando as comunidades cristãs se reúnem, comumente, em caminhadas penitenciais, na busca da conversão, do aprofundamento espiritual e do testemunho da caridade.
O jejum não consiste apenas na redução do consumo de alimentos; as pessoas privam-se deles por uma causa maior, o Reino de Deus, “sobretudo abstendo-se do pecado.” Ao abster-se da porção habitual de alimento, ninguém compromete a saúde e exercita a pedagogia do autodomínio, de que tanto necessita, em situações concretas. A natureza também favorece o encontro com Deus quando a pessoa, “fazendo uso dos bens terrenos”, entre os quais estão os alimentos, tem a sensação de segurança e de realização. Em face do alimento, uns cometem o pecado capital da gula, quando o consomem em demasia; nessa matéria, tem maior gravidade o pecado social dos “povos da opulência”, diante dos “povos da fome”, como ensina Paulo VI, na Encíclica Populorum Progressio: “Os povos da fome dirigem-se hoje, de modo dramático, aos povos da opulência.”
A esmola aproxima as pessoas entre si. Assim escreveu São Leão Magno, Papa, no século V: “São inúmeras as obras de misericórdia, o que permite aos verdadeiros cristãos tomar parte na distribuição de esmolas, sejam eles ricos, possuidores de grandes bens, ou pobres, sem muitos recursos. Apesar de nem todos poderem ser iguais na possibilidade de dar, todos podem sê-lo na boa vontade que manifestam.” Pelo gesto da esmola, cada um está se relacionando com Deus, de quem o necessitado é imagem e semelhança.
O bom senso haverá de distinguir o assistencialismo interesseiro de um doador da ação caritativa do esmoler, a conduta clientelista do político da iniciativa solidária da comunidade, a exploração do pedinte oportunista da situação do pobre necessitado.
A quaresma adquire seu real sentido quando é bem celebrada nas comunidades, como rito, e quando as suas exigências são devidamente observadas pelos cristãos.
Dom Genival Saraiva de França