sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Artista da Semana - Banda Canal da Graça


Desejo de felicidade e uma sensação de liberdade à flor da pele, algo
como se estivesse solto no ar, alçando vôo rumo ao coração de Deus.
Esse é o clima do CD Tocando o Céu, novo trabalho da banda Canal da
Graça, lançado pela CODIMUC.
Criada em 1996, em Araraquara (SP), a banda Canal da Graça chega ao
seu segundo trabalho e assume como carisma “adorar o Senhor na
alegria da sua misericórdia”.
O disco traz 12 faixas no melhor estilo pop
vocal. Entre os destaques estão as faixas Sonho de Deus (Alex Olliveira),
que expressa o desejo de voar para os braços do Senhor; Nasci pra ser
feliz (Alex Olliveira), que convida as pessoas viverem a alegria; Anjo
Guardião (Alex Olliveira), que, com uma melodia cativante, fala da
realidade dos anjos da guarda.

Para saber mais da banda Canal da Graça, acesse:
www.canaldagraca.com

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MÚSICO: DEIXE-SE CONHECER POR DEUS



Parece meio estranho uma afirmação como esta: deixe-se conhecer por DEUS. Como se DEUS, que sabe de tudo, de todas as coisas do ontem, do hoje e do amanhã não te conhecesse.

Então ELE Não sabe da nossa vida? Claro que SIM. Mas DEUS preza demais a nossa LIBERDADE. DEUS jamais fere a liberdade que ele mesmo nos DEU. Seu amor é tão completo que quando nos ama, nos deixa escolher o caminho a ser seguido. É você quem escolhe o caminho a ser trilhado em sua vida. Suas escolhas dependem de VOCÊ. É ELE Quem dá o talento, por exemplo, mas é VOCÊ quem decide o que fazer com ele. DEUS Só interfere quando você deixa.

Então DEUS nos deixará SOFRER? É incrível, mas tenho que afirmar que SIM, se esta for a sua escolha. Para que DEUS nos conheça a fundo, penetre no mais íntimo do nosso ser, precisamos dizer SIM, SENHOR, PENETRE O MAIS PROFUNDO DA MINHA VIDA.

Ah, irmã(o), DEUS fica de olho pronto para nos conhecer, sua criatura. Não um conhecer humano, mas o conhecimento da autoridade de ser curado. O que é isso: o conhecer de DEUS é diferente do nosso, no caso é como se você disesse CATEGORICAMENTE para DEUS que você O DEIXA te tocar, te curar, te sarar.

O que isso tem haver com o MÚSICO? Muitas, muitas coisas... Até pelos nossos sentimentos de artistas que se afloram na nossas Artes musicais estamos muitos abertos a ações demônicas que são próprias de emoções Afloradas. Vou tentar explicar melhor: nossa sensibilidade é maior por sermos artistas e temos emoções que trabalhamos em nossas canções. Nós as vivenciamos em Nosso dia-a-dia. Muitas vezes não conseguimos equilibrá-las. É impossível você ver um poeta que trabalhas as emoções através das palavras que não tenha estas emoções fortes em Sua vida, nós também temos estas emoções que trabalhamos em nossas canções, portanto as vivenciamos em nossas vidas também.

DEUS precisa ser o Senhor de nossas emoções, ter o inteiro controle para que o inimigo, que conhece bem os músicos, não faça proveito para destruir nossa missão de construir o reino de DEUS aqui na terra por causa de nossas fraquezas.

Para que DEUS controle, você precisa se deixar CONHECER pelo Senhor. Não tenha medo! Confie no Senhor e ele tudo fará em sua vida e no seu MINISTÉRIO.



Vosso servo,

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PREPARADOS PARA A TENTAÇÃO?




Sábio pensamento, este de Santo Agostinho. E é com ele que damos uma nova roupagem, um novo foco, pois o Espírito Santo sempre tem algo inédito a nos revelar.

Podemos partilhar um pouco neste mês sobre a realidade em que se encontram nossos ministros de músicas nos dias de hoje. E devemos nos questionar:

No que consiste o nosso canto?

Sempre digo que o ministro de música vive como em uma corda bamba, a todo o momento buscando se manter firme na meta de não cair, ou seja, de não se deixar levar pelas vaidades. É uma luta constante que só terminará no céu. Aleluia!

Infelizmente, parece que se perdeu a essência do servir. Nos deixamos levar pela rotina e colocamos de lado a espiritualidade, para cumprir “obrigações” de estar sempre no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas.

Isso precisa mudar, pois antes de FAZER, nós SOMOS, antes de desempenharmos um ministério, tivemos uma experiência pessoal com o Amor de Deus. Ele nos chamou, nos confiou um ministério que é nossa rede para pescar almas, como nos diz o Senhor :

“Vinde após mim e vos farei pescadores de homens.” (Mt. 4, 19).

Mas, é imprescindível para uma boa pescaria que as redes estejam fortes e sem danos. Por isso o Senhor nos convida a ir além, a dar um passo a mais. O de realmente nos decidir a viver o que cantamos, o que pregamos, em atos concretos. Nós não podemos estar dependentes do microfone ou de um instrumento para evangelizarmos, ou seja, necessitamos viver a autenticidade do Evangelho que consiste unicamente em amor, em amar. É o amor que marca cada parágrafo da Boa Nova, cada milagre de Jesus, todo o seu ministério e especialmente Sua morte de Cruz. Como nos ensina Santa Terezinha:

“O Amor é o ponto de partida para tudo!”.

O Amor tem que ser o ponto de partida do nosso servir, só assim ele será eficaz. Do contrário, é somente vazio, aparências, não tem alicerce, não finca raízes.

Precisamos entoar com nossas vozes o amor perfeito de Jesus, cantar o mais alto que pudermos que é esse amor louco, cravado num madeiro que cura e que salva, independente de quem canta ou de quem toca, pois o Amor de Deus não se condiciona a essas pequenas coisas, ele é muito maior. O Amor pode transformar tudo!

Temos que assumir de uma vez por todas nossos lugares de servos, nos colocarmos no último lugar e na humildade nos reconhecermos pequenos e dependentes da graça de Deus, buscando a santidade e nos tornando homens e mulheres orantes. Assim como nos afirma o CIC no nº. 2559:

“A humildade é o fundamento da oração. A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus”.

Quando olharmos a nossa volta e começarmos a enxergar o sofrimento do próximo, indo ao seu encontro e direcionarmos o nosso servir neste intuito, tudo terá mais sentido e o primeiro passo será dado rumo à santidade, a vida eterna que compensará todos os sofrimentos desta terra.

Sigamos o exemplo de nossa querida Santa Terezinha do Menino Jesus:

“A santidade não está em tal ou tal prática; consiste numa disposição do coração que nos torna humildes e pequenos nos braços de Deus, conscientes de nossa fraqueza e confiantes até audácia em sua bondade de Pai”.

E que esse possa ser o nosso único desejo, sermos verdadeiros mendigos de Deus, que nada tem, nada são, senão no Senhor, que nos envolve em sua infinita misericórdia. Simples servos que somente almejam agradar o seu Senhor e fazer com que ele seja amado por todos, fazendo de nossas vidas o mais bonito e agradável louvor.

Que o nosso canto seja renovado para que junto com Jesus nossas vidas renasçam para o novo de Deus. Um abraço fraterno!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Arte... Deus quis compartilhar

Alguns dizem que arte não se define, mas se exprime, o mistério da arte é belíssimo, pois todos a veem, tocam, sentem, mas de formas diferentes. Dizem os estudiosos que a forma de ver e sentir a arte depende da cultura, do costume, da linguagem e vida de quem a aprecia. Como definir algo tão grande e misterioso como a arte?

Aí está o mistério da arte: se todos vissem e sentissem da mesma maneira, não teria mistério, não teria graça em contemplarmos uma arte, fosse ela qual fosse.
Somente Deus pode criar do nada, e tudo Ele criou, porém, quis partilhar com o homem a centelha da sua arte mais bela - a própria criação. Nem todos somos artistas, mas todos podemos desenvolver em nós a sensibilidade artística. Somente com alguns, Deus partilha a centelha de fazer arte, criar a partir de algo.

A arte é expressão e, no decorrer dos tempos, o homem, para exprimir suas idéias, foi se utilizando de tudo que era possível. Alguns dizem que o artista exprime, em sua arte, um mundo paralelo onde tudo está no seu interior – experiências já vividas, sonhos, desejos e anseios - ele cria um mundo ideal, ou aquilo que pensa que o mundo é. O mistério é que nem todos irão ver e sentir, e nem sequer descobrir o que o artista quis expressar naquela peça artística, seja uma tela, um desenho, poesia, escultura, teatro, música.

A arte é bela ou feia? Essa é uma grande pergunta, e muito difícil de responder, pois o que é feio para alguns é belo para outros, na verdade gosto não se discute. A maior verdade em tudo isso é que quando se desenvolve em si a sensibilidade artística, por mais feia que possa parecer uma peça artística, não vai soar como feia, mas como algo significativo. Tudo passa a ter sentido.

A arte é expressão de alguém que é diferente dos demais, por isso ela tende a expressar o diferente - às vezes, uma forma de ver o mundo, de um ângulo jamais pensado pelos demais. A arte é uma luz que ilumina a escuridão e os passos daqueles que buscam um sentido, ou respostas para seus questionamentos interiores.

Arte é isso, às vezes respostas, outras vezes questionamentos, às vezes paz, outras vezes conflitos. A arte nunca deixará de existir.

Marcos Roberto
Com. Recado

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pai, o pastor da família.

Que beleza a Palavra de Jesus, quando Ele olha para a multidão e percebe que ela precisa ser cuidada. O Senhor faz uma associação direta com uma multidão sem pastor. Pastor é aquele que cuida não com olhos desconfiados de vigilância, mas com olhar zeloso. Pastor é aquele que está à frente de um determinado rebanho.
O padre é o pastor de sua paróquia, assim como o bispo é pastor de sua diocese e o Papa o é da Igreja. A minha palavra de pastor é para convidar você para ser pastor também. Os padres não são os únicos responsáveis pelo pastoreio das ovelhas; você também é responsável pelas ovelhas na sua casa.

O bom pai e a boa mãe ensinam a criança a comer direito desde pequeno. O pastoreio das famílias começa em casa, mas não adianta os pais estarem somente dentro de casa, é preciso que eles exerçam a autoridade. Você não pode ser uma mãe decorativa, pois a família precisa de alguém com as rédeas na mão. Você pai, não pode ser um “repolho” dentro de casa, dizendo ao seu filho que procure a mãe todas as vezes que ele vai até você.

Para uma criança chegar à autonomia, ela precisa de adultos lhe dando as rédeas. Não há nada pior nesta vida do que você se sentir sozinho. Não me refiro à solidão do corpo, pois esta desaparece quando se chega perto de alguém, mas à pior solidão, que é quando você não tem ninguém para falar o que sente e pensa. Você tem que pastorear sua esposa e seu esposo todos os dias. Não é vigiar, é amar.

Muitas mulheres casadas sentem-se solteiras há muito tempo, pois não têm com quem dividir pensamentos e sentimentos. No início, tudo é tão lindo, o primeiro filho, o pai quer dar banho, ama com todas as forças, mas depois não suporta as mínimas coisas. Existem tantos pais que amam somente os filhos na infância, mas depois se cansam deles. Nós não podemos nos cansar do pastoreio.
O pastor que vai ficando indiferente aos poucos vai perdendo a confiança.
O pastor não pode ser indiferente ao rebanho que tem. Às vezes fazemos de tudo para chamar a atenção do outro, mas não conseguimos; então, vamos ficando agressivos. Quantas vezes a agressividade do filho é um pedido de socorro: “Pai, seja meu pastor"”.

Você pode ser engenheiro, médico, administrador, empresário, mas o principal ofício que você tem é o de ser pai, é ser pastor de sua casa. Muitas vezes, jogamos o pastoreio de nossa casa para que outros o façam. Um exemplo são as crianças que têm aulas das 7h da manhã até às 22h da noite. E que horas você dá a sua aula? Quem precisa mandar na sua casa é você. Seja pai, pelo amor de Deus! Mergulhe na sabedoria, porque comandar a casa com burrice é a pior coisa que existe.

Prepare-se para essa paternidade, seja um homem de oração. Quando Deus entra na nossa vida, fica mais fácil viver. Pai e mãe que rezam educam muito melhor do que quando um dos dois não reza. Para que você seja um bom pastor na sua casa, reze.

Todas as naçoes se reuirão diante Dele

Ezequiel 34, 11-12.15-17; 1 Coríntios 15, 20-26a.28; Mateus 25, 31-46

Neste Evangelho nos faz assistir ao ato conclusivo da história humana: o juízo universal: «Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda».

A primeira mensagem contida neste evangelho não é a forma ou o resultado do juízo, mas o fato de que haverá um juízo, que o mundo não vem do acaso e não acabará por acaso. Começou com uma palavra: «Faça-se a luz... Façamos o homem» e terminará com uma palavra: «Vinde, benditos... Afastai-vos de mim, malditos». Em seu princípio e em seu final está a decisão de uma mente inteligente e de uma vontade soberana.

Este começo de milênio se caracteriza por uma intensa discussão sobre criacionismo e evolucionismo. Reduzida ao essencial, a disputa opõe quem, aludindo – nem sempre com razão – a Darwin, crê que o mundo é fruto de uma evolução cega, dominada pela seleção das espécies, e aqueles que, ainda admitindo uma evolução, vêem a obra de Deus no mesmo processo evolutivo.

Há alguns dias, aconteceu no Vaticano uma sessão plenária da Academia Pontifícia das Ciências, com o tema «Olhares científicos em torno da evolução do universo e da vida», com a participação dos mais importantes cientistas do mundo inteiro, crentes e não-crentes, muitos deles prêmios Nobel. No programa sobre o evangelho que apresento em RaiUno, entrevistei um dos cientistas presentes, o professor Francis Collins, chefe do grupo de pesquisa que levou ao descobrimento do genoma humano. Perguntei-lhe: «Se a evolução é certa, ainda resta espaço para Deus?». Eis aqui sua resposta:

«Darwin tinha razão em formular sua teoria segundo a qual descendemos de um antepassado comum e houve mudanças graduais no transcurso de longos períodos, mas este é o aspecto mecânico de como a vida chegou ao ponto de formar este fantástico panorama de diversidade. Não responde à pergunta sobre por que existe a vida. Há aspectos da humanidade que não são facilmente explicáveis, como nosso senso moral, o conhecimento do bem e do mal, que às vezes nos induz a realizar sacrifícios que não estão ditados pelas leis da evolução, que nos sugerem preservar-nos a toda custa. Esta não é talvez uma prova que nos indica que Deus existe?»

Perguntei também ao professor Collins se antes ele havia acreditado em Deus ou em Jesus Cristo. Respondeu-me: «Até os 25 anos fui ateu, não tinha uma preparação religiosa, era um cientista que reduzia quase tudo a equações e leis da física. Mas como médico, comecei a observar as pessoas que tinham de enfrentar o problema da vida e da morte, e isso me fez pensar que meu ateísmo não era uma idéia enraizada. Comecei a ler textos sobre as argumentações racionais da fé que não conhecia. Em primeiro lugar, cheguei à convicção de que deve existir um Deus que criou tudo isso, mas não sabia como era este Deus. Isso me moveu a levar a cabo uma busca para descobrir qual era a natureza de Deus, e a encontrei na Bíblia e na pessoa de Jesus. Após dois anos de busca, me dei conta de que não era inteligente opor resistência e me converti em um seguidor de Jesus».

Um grande autor do evolucionismo ateu de nossos dias é o inglês Richard Dawkins, autor do livro «God Delusion», A desilusão de Deus. Ele está promovendo uma campanha publicitária que propõe colocar nos ônibus das cidades inglesas esta inscrição: «Deus provavelmente não existe: deixe de angustiar-se e curta a vida» («There's probably no God. Now stop worrying and enjoy life»). «Provavelmente»: portanto, não se exclui totalmente que possa existir! Mas se Deus não existe, o crente não perdeu quase nada; se, ao contrário, Ele existe, o não-crente perdeu tudo.

Eu me coloco no lugar do pai que tem um filho deficiente, autista ou gravemente enfermo, de um imigrante que foge da fome ou dos horrores da guerra, de um operário que ficou sem trabalho, ou de um camponês expulso de sua terra... Pergunto-me como ele reagiria a esse anúncio: «Deus não existe: deixe de angustiar-se e curta a vida».
A existência do mal e da injustiça no mundo é certamente um mistério e um escândalo, mas sem fé em um juízo final, seria infinitamente mais absurda e trágica. Em tantos milênios de vida sobre a terra, o homem se adaptou a tudo; adaptou-se a todos os climas, imunizou-se contra toda doença. Mas a uma coisa ele não se adaptou nunca: à injustiça. Continua sentindo-a como intolerável. E a esta sede de justiça responderá o juízo universal.

Este não será só querido por Deus, mas, paradoxalmente, também pelos homens, também pelos ímpios. «No dia do juízo universal, não será só o Juiz o que descerá do céu – escreveu o poeta Claudel –, mas toda a terra se precipitará ao seu encontro.»

A festa de Cristo Rei, com o evangelho do juízo final, responde a mais universal das esperanças humanas. Assegura-nos que a injustiça e o mal não terão a última palavra, e ao mesmo tempo não exorta a viver de forma que o juízo não seja para nós de condenação, mas de salvação, e possamos ser daqueles a quem Cristo dirá: «Vinde, benditos de meu Pai, entrai em posse do reino preparado para vós desde a fundação do mundo».

por Frei Raniero Cantalamessa, Pregador do Vaticano *