sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Artistas são chamados a deixar Deus fazer o novo em seus ministérios

Os ministros de música e artes, reunidos em workshop no Encontro Nacional de Formação (ENF), em Lorena (SP) tiveram a oportunidade de mergulhar no amor de Deus e ali buscarem inspiração e força para anunciarem o Evangelho. “Precisamos resgatar o amor por Jesus, por Aquele que morreu por nós. Quantos ministérios estão enfraquecidos, passando por tantas tentações. É hora de retomar o amor apaixonado pelo Senhor e deixar que Ele faça o novo naquilo que já estamos acostumados a fazer: cantar, tocar, dançar, encenar...”, exortou a coordenadora nacional de Música e Artes da RCC, Juliane Morigi.

Ao meditar a passagem de Isaias 53, 1-10, Juliane motivou os artistas a recordarem do quanto Jesus sofreu por amor à humanidade e que a resposta de gratidão deve ser o empenho pelo ministério. “É preciso um novo ardor pela missão. Deixar as outras coisas em segundo plano e colocar Deus em primeiro lugar. Ele deu a vida por nós, vamos agora dar a vida por Ele”.
Animados pela música “Santa Cruz”, da banda Arkanjos, os participantes foram estimulados a buscar a intimidade com Jesus. Eugênio Jorge, primeiro coordenador nacional do Ministério de Música e Artes, partilhou sua visão sobre a caminhada da música católica e lembrou que, no início, havia mais zelo e amor pelo sagrado. “As coisas eram mais intensas. Ler a Bíblia nos fazia chorar, as descobertas nos emocionavam. Tocávamos milagres pela pregação da Palavra”. Eugênio exortou os artistas a não perderem a capacidade de se sensibilizarem com tudo que é relacionado a Deus. “Sempre peço ao Senhor: que eu não perca a sensibilidade e a simplicidade”. O fundador da Missão Mensagem Brasil ainda fez um estímulo aos ministros que estão vivendo este novo tempo do Ministério de Música e Artes. “Jovens, chamem a responsabilidade para si e vão cantar o canto que o mundo precisa ouvir. Não permitam que seus ministérios se calem. Mas antes, vivam o que irão cantar. Deus está com vocês”.

O fundador da Comunidade Recado e também ex-coordenador do Ministério de Música e Artes, Luiz Carvalho, testemunhou as maravilhas que tem vivenciado ao deixar Deus realizar o novo no seu ministério. “Fomos chamados não para coisas naturais, mas extraordinárias. Não podemos perder a esperança diante das provações a que somos submetidos. Devemos deixar Deus fazer o que só Ele pode”. Luiz ainda enfatizou a necessidade de retomar o louvor e a adoração, tanto na oração individual, como comunitária. “Só posso ser servo se colocar Jesus no lugar Dele. Ninguém pode ocupar o lugar do Senhor nas nossas vidas”.

Os artistas da Renovação Carismática Católica deverão se encontrar em breve, pois acontece ainda este ano o Congresso Nacional de Música e Artes na cidade de Campinas – SP.


Cátia Kist - Coordenadora de Música e Artes RCC-RS

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Viva bem este tempo de Quaresma!


Neste tempo especial de graças que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia: "Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!" (2 Cor 5, 20); "exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação." (2 Cor 6, 1-2).

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Daí surgiu a Quaresma.

Na Quarta-Feira de Cinzas, quando ela começa, os sacerdotes colocam um pouquinho de cinzas sobre a cabeça dos fiéis na Missa. O sentido deste gesto é de lembrar que um dia a vida termina neste mundo, "voltamos ao pó" que as cinzas lembram. Por causa do pecado, Deus disse a Adão: "És pó, e ao pó tu hás de tornar". (Gênesis 2, 19)

Este sacramental da Igreja lembra-nos que estamos de passagem por este mundo, e que a vida de verdade, sem fim, começa depois da morte; e que, portanto, devemos viver em função disso. As cinzas humildemente nos lembram que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, e de todas as graças que recebemos de Deus nesta vida, a começar da própria vida, do tempo, da saúde, dos bens, etc.

Esses quarenta dias, devem ser um tempo forte de meditação, oração, jejum, esmola ('remédios contra o pecado'). É tempo para se meditar profundamente a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a vida dos Santos, viver um pouco de mortificação (cortar um doce, deixar a bebida, cigarro, passeios, churrascos, a TV, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer as fraquezas da carne.

Na Oração da Missa de Cinzas a Igreja reza: "Concedei-nos ó Deus todo poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma para que a penitência nos fortaleça contra o espírito do Mal".

Sabemos como devemos viver, mas não temos força espiritual para isso. A mortificação fortalece o espírito. Não é a valorização do sacrifício por ele mesmo, e de maneira masoquista, mas pelo fruto de conversão e fortalecimento espiritual que ele traz; é um meio, não um fim.

Quaresma é um tempo de "rever a vida" e abandonar o pecado (orgulho, vaidade, arrogância, prepotência, ganância, pornografia, sexismo, gula, ira, inveja, preguiça, mentira, etc.). Enfim, viver o que Jesus recomendou: "Vigiai e orai, porque o espírito é forte mas a carne é fraca".

Embora este seja um tempo de oração e penitência mais profundas, não deve ser um tempo de tristeza, ao contrário, pois a alma fica mais leve e feliz. O prazer é satisfação do corpo, mas a alegria é a satisfação da alma.

Santo Agostinho dizia que "o pecador não suporta nem a si mesmo", e que "os teus pecados são a tua tristeza; deixa que a santidade seja a tua alegria". A verdadeira alegria brota no bojo da virtude, da graça; então, a Quaresma nos traz um tempo de paz, alegria e felicidade, porque chegamos mais perto de Deus.

Para isso podemos fazer uma confissão bem feita; o meio mais eficaz para se livrar do pecado. Jesus instituiu a confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: "a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados". Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.

Jesus quis que nos confessemos com o sacerdote da Igreja, seu ministro, porque ele também é fraco e humano, e pode nos compreender, orientar e perdoar pela autoridade de Deus. Especialmente aqueles que há muito não se confessam, têm na Quaresma uma graça especial de Deus para se aproximar do confessor e entregar a Cristo nele representado, as suas misérias.

Uma prática muito salutar que a Igreja nos recomenda durante a Quaresma, uma vez por semana, é fazer o exercício da Via Sacra, na igreja, recordando e meditando a Paixão de Cristo e todo o seu sofrimento para nos salvar. Isto aumenta em nós o amor a Jesus e aos outros.

Não podemos esquecer também que a Santa Missa é a prática de piedade mais importante da fé católica, e que dela devemos participar, se possível, todos os dias da Quaresma. Na Missa estamos diante do Calvário, o mesmo e único Calvário. Sim, não é a repetição do Calvário, nem apenas a sua "lembrança", mas a sua "presentificação"; é a atualização do Sacrifício único de Jesus. A Igreja nos lembra que todas as vezes que participamos bem da Missa, "torna-se presente a nossa redenção".

Assim podemos viver bem a Quaresma e participar bem da Páscoa do Senhor, enriquecendo a nossa alma com as suas graças extraordinárias; podendo ser melhor e viver melhor.

Felipe Aquino

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Artista da Semana - Jake


Jake nasceu na capital de
São Paulo e iniciou sua vida musical no universo católico ainda adolecente.
De família católica Jake atuou
com a juventude em manifestações artísticas da igreja, escola e bairro.
Daí surgiu a sua admiração pela música; especialmente MPB.
Seu timbre vocal a conduziu a ritmos nordestinos e Jake foi percebendo que poderia transformar seu amor pela música em algo profissional.
Em Dezembro de 2006 Jake lançou seu primeiro CD de Axé Católico, trazendo ao público uma atitude revolucionária, se comparada aos padrões católicos. Mas a paulistana logo conquistou o público, demostrando sua alegria e irreverência. Atualmente Jake viaja todo o Brasil levando seu show a micaretas e grandes eventos.
Um dos sucessos de seu CD, a música Pó pará com pó, foi um dos rits do carnaval 2009. No circuito Barra-Ondina Jake embalou milhões de foliões com o hits, cantando em trio-elétricos. Jake entra no cenário
da música nacional com pé direito, mostrando que quem tem fé
também tem axé.

Para saber mais sobre Jake:
http://www.jake.com.br/

No carnaval, quero ser outra pessoa

O carnaval se aproxima. Um feriado prolongado e famoso no Brasil. No exterior muitos, infelizmente, reconhecem nosso país apenas a partir do futebol e do carnaval, identificando-nos somente com o chavão: futebol e samba.

Por conta disso, muitos de nós acabamos acreditando que o carnaval é uma invenção brasileira e que se resume ao que realizamos nessa época no nosso país. Isso é um engano! Porque o carnaval não é criação moderna e brasileira. Trata-se de um evento antigo e que apresenta variações em diferentes épocas e povos, inclusive em utilidade.

Utilidade? Como assim?

Isso mesmo! A maior festa popular brasileira possui outras funções, diferentes do evento social como o conhecemos. Exemplo disso é a literatura que possui um recurso chamado "carnavalização". São várias as características que nos permitem identificá-la [carnavalização] num determinado texto.

Mas quero tratar de uma em especial, porque ela está bem ligada ao que, claramente, vemos nos dias de carnaval, e além disso, ao ser usada na literatura, ela diz muito das características e dos desejos humanos – trata-se da inversão através de polos opostos.

Esse recurso é simples e algo comum na literatura e seu princípio vem do que ocorre nesses dias carnavalescos: o pobre se veste de rei; o rico se veste de mendigo; o cidadão comum se veste de artista; o famoso quer se vestir de cidadão comum...

Segundo a teoria da literatura a carnavalização acontece por um desejo de ruptura da rotina cotidiana. Um desejo de ser, pelo menos por alguns instantes (ou por alguns dias – os dias dessa festa), algo diferente do que se é o ano inteiro. E esse desejo de mudança pode, sem dúvida, nos indicar um anseio de mudança mais profunda, inerente a qualquer ser humano em alguma fase da vida.

Quantas pessoas esperam ansiosamente esse período do ano para essa mudança. Muitos vivem em função dessa espera e passam o ano todo preparando suas fantasias. E se pensarmos bem, em maiores ou menores proporções, todos nós desejamos, em determinados momentos, alguma mudança na vida.

Que esse período de carnaval seja o que a nossa opção nos disser: ser formos a alguma festa, que nos divirtamos sadiamente; se formos para um retiro, que rezemos; se formos para um recanto, que descansemos... Mas que em qualquer desses ambientes façamos uma profunda reflexão. Aproveitemos porque estaremos, de um jeito ou de outro, rodeados dessa inversão e pensemos em quais situações buscamos essa carnavalização em nossa vida.

E a partir das conclusões que tirarmos não esperemos mais momentos passageiros, como o carnaval, para fugir da realidade. Mas que possamos nos propor a mudar verdadeiramente as estruturas da rotina. Que não usemos apenas fantasias. Que não desejemos ser outra pessoa durante escassos momentos. Mas que sejamos verdadeiramente pessoas novas.

Como fazer essa mudança? Como ser uma pessoa verdadeiramente nova? A receita quem nos indica é alguém que conhecia bem festas, como o carnaval, e também conhecia as teorias literárias de seu tempo – o apóstolo Paulo. É ele quem nos afirma:

Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo! (II Cor 5,17)


Denis Duarte - Especialista em Bíblia e Cientista da Religião.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Faça a diferença no mundo!

O estudo desta semana é sobre o texto de Mateus 5, 13-16. Primeiramente, precisamos nos lembrar de que estamos no contexto das bem-aventuranças anunciadas por Jesus aos Seus discípulos no monte.

O que me chama a atenção é o tempo verbal utilizado nessa passagem: "Vós sois sal e luz"... Isso é uma afirmação. O ser humano tem o dom de ser sal e luz, pois não está escrito: "Vós podeis ser sal e luz", mas sim, "Vós sois ou você é sal e luz". Ainda que percebamos em nós defeitos, limitações, pecados... uma coisa essa passagem bíblica nos garante: nós somos sal e luz.

A questão desse texto é: o que fazemos com essa nossa capacidade de sermos sal e luz?

Um versículo me chama a atenção em relação à dinâmica dessa narrativa. Parece, inclusive, que esse versículo está fora de sintonia com o restante do texto. Trata-se do versículo 14b: "Não se pode esconder uma cidade construída sobre o monte". Contudo, ele é chave para entendermos que somos sal e que somos luz, mas que essa luz não é mérito próprio nosso, mas a luz de Deus que nos ilumina e nos chama a fazermos o mesmo.

Com esse texto, temos a certeza de que somos sal e luz, independentemente de qualquer coisa na nossa vida. Nossa função é levar o sabor e a luz por meio de nossas boas obras. Na certeza de que essa luz levada por nós, e que primeiramente nos ilumina, é a glória e a presença de Deus na nossa vida.

Ouça o estudo completo dessa passagem e compreenda melhor esse chamado e essa capacidade que Deus nos dá de sermos sal e luz para o mundo: